A Delta Airlines está no centro de um novo caso polémico envolvendo ‘overbooking’. A companhia exigiu que uma família cedesse um dos lugares que tinham pago para aquele voo. O momento foi filmado e a sua divulgação rapidamente se espalhou nas redes sociais.

Brian Schear e a família embarcaram num voo da Delta Airlines em Maui, no Havai, com destino a Los Angeles, mas decidiram manter o lugar que tinham comprado para o filho maior de idade (que entretanto seguira num outro voo) para outro filho mais pequeno que seguia com eles. Isto para não terem de levá-lo ao colo durante as quase seis horas de viagem.

No entanto, a tripulação exigiu à família que cedesse o terceiro lugar, onde tinham entretanto colocado o filho de um ano de idade. “Se não, estaria sentado nas pernas da minha mulher e a mexer-se por todo o lado, o que não seria seguro” explicaria o pai mais tarde, como conta o El País.

No vídeo pode-se ouvir a tripulante ameaçar o pai com um “crime federal” e que poderá ir para “a prisão” se não obedecer às ordens de desembarque. “Comprei este assento e você diz-me que o vai dar a outra pessoa quando paguei por ele. Não é correto”, respondeu Schear, frustrado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

https://www.youtube.com/watch?v=RswZh07DGzI

A desculpa dada pela companhia é de que crianças com menos de dois anos não podem ocupar um assento e devem ir ao colo dos pais. Contudo, a Administração Federal de Aviação estipula que “todas as crianças devem ir num assento com cadeirinha durante todo o voo por razões de segurança”. O regulamento aplicável a todas as companhias indica ainda que “os braços de um adulto não são capazes de suportar uma criança com segurança, especialmente durante turbulências”.

A companhia recorreu ao argumento de que a sua política interna obriga a que cada lugar seja ocupado pela pessoa cujo nome está registado no bilhete. Desta forma, obrigaram Brian e a família a sair do voo de forma a dar resposta a uma longa lista de espera.

Numa tentativa de evitar escândalos como os da United Airlines, a companhia emitiu um comunicado a informar que já tinham indemnizado a família Schear, num valor que não foi discriminado.