A Guiné Equatorial pediu esta sexta feira o apoio do parlamento português para a formação de técnicos nas “instituições jovens” daquele país africano, disse esta sexta feira o embaixador equato-guineense em Lisboa, após uma audiência com o presidente da Assembleia da República.

O diplomata, Tito Mba Ada, defendeu o reforço da cooperação técnica entre os dois países.

A Assembleia portuguesa tem uma amplíssima experiência técnica de votação de documentos e aprovação de leis e a Guiné Equatorial tem instituições jovens, como o Senado. Podemos beneficiar dessa experiência”, referiu o embaixador.

Tito Mba Ada acrescentou que Eduardo Ferro Rodrigues indicou que o parlamento português vai “dar uma resposta técnica no âmbito da formação” de funcionários na Guiné Equatorial.

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Este foi um dos aspetos abordados durante o encontro, “no sentido de fortalecer as relações de amizade entre Portugal e a Guiné Equatorial, que são históricas, desde a descoberta [do país] pelo navegador português, Fernando Pó”, no século XV, apontou o embaixador.

Ferro Rodrigues informou ainda o representante das autoridades de Malabo que está em curso a criação de um grupo parlamentar de amizade, integrando deputados dos dois países. Tito Mba Ada transmitiu um convite da presidente do Senado da Guiné Equatorial para que Ferro Rodrigues “possa visitar o país e conhecer os avanços e dificuldades”.

A Guiné Equatorial aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em julho de 2014, depois de ter aceitado cumprir um roteiro, que incluía a abolição da pena de morte – que ainda não se verificou – e a introdução do português como língua oficial. A adesão foi criticada por políticos e membros da sociedade civil, principalmente em Portugal, que criticavam violações dos direitos humanos na Guiné Equatorial, governada desde 1979 por Teodoro Obiang Nguema, relatadas por várias organizações internacionais.

O país foi colonizado inicialmente por Portugal, mas a partir do final do século XVIII passou para o domínio espanhol.