Ativistas da oposição síria e os meios de comunicação do governo sírio estão a relatar uma situação de calma relativa nas áreas abrangidas pelo acordo para a criação de “zonas seguras” na Síria, que entrou hoje em vigor. Elementos da oposição síria no sul, no centro e no norte da Síria afirmaram à agência norte-americana Associated Press (AP) que se verificaram violações esporádicas, mas que a situação é muito melhor do que em dias anteriores, sem registo de ataques aéreos.

No âmbito das negociações de um cessar-fogo na Síria, a Rússia e o Irão, aliados do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e a Turquia, que apoia os rebeldes sírios, adotaram na quinta-feira em Astana, no Cazaquistão, um plano russo que visa a criação de quatro “zonas seguras”, também designadas como “zonas de desescalada”, onde os combates devem parar a favor de uma trégua duradoura. O acordo entrou em vigor às 00h00 deste sábado (22h00 de sexta-feira em Lisboa).

Também o centro de comunicação militar controlado pelo regime de Damasco indicou hoje que uma “calma relativa” tem sido verificada nas zonas abrangidas pelo acordo. As “zonas seguras” serão delimitadas por Moscovo, Teerão e Ancara, os três países garantes de um cessar-fogo no território sírio, até ao próximo dia 04 de junho para um período de seis meses, que poderá ser eventualmente prolongado.

As áreas devem ser secundadas por “zonas de segurança” constituídas por postos de controlo e de centros de vigilância detidos conjuntamente pelas “forças dos países garantes” e possivelmente “por outras partes”. A ONU estima que pelo menos 320.000 pessoas morreram e milhões foram obrigadas a fugir desde o início do conflito armado na Síria, em março de 2011.

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