Dezenas de paróquias em Angola têm Fátima como padroeira, demonstrando a devoção angolana ainda forte, também, ao santuário português, que recebe em maio a visita do papa Francisco, que vai presidir ao centenário das “aparições”.

“É permanente. É uma devoção muito forte no meio da Igreja angolana e basta ver os movimentos marianos, os movimentos legionários, as equipas de nossa senhora. Portanto é toda uma espiritualidade à volta desta figura que inspira estes sentimentos de amor, de obediência a Deus, dos serviços aos irmãos, de missão”, afirmou, em declarações à Lusa, o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

O arcebispo José Manuel Imbamba, que lidera a arquidiocese de Saurimo, na Lunda Sul, no leste do país, recorda que só nesta província, por exemplo, “mais de 15 paróquias têm como padroeira a senhora de Fátima”. Afirma por isso que Fátima está presente nas ações diárias da Igreja católica angolana, sobretudo nas dezenas de igrejas espalhadas pelo país que a têm como padroeira.

“A relevância é aquela que tem para toda a igreja do mundo. Nossa Senhora de Fátima é a mãe de Jesus e nós veneramo-la como nossa mãe, como aquela por quem nós ganhamos todos os prémios de salvação que hoje estamos a beneficiar”, explicou o arcebispo de Saurimo e porta-voz dos bispos angolanos.

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O papa Francisco visita Fátima de 12 a 13 de maio, no âmbito das comemorações do centenário das “aparições”. Os anteriores papas a estar em Fátima foram Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991, 2000) e Bento XVI (2010).

A Igreja católica em Angola também vai celebrar o centenário das “aparições” de Fátima aos três pastorinhos e, segundo o porta-voz da CEAST, fiéis angolanos estarão presentes em Portugal para estas celebrações.

“Esse centenário será celebrado por nós também, muitos dos nossos fiéis irão peregrinar para Fátima para exatamente marcar esta nossa presença durante a vista do santo padre. É normal também perceber que em Angola nossa senhora de Fátima é padroeira de muitas paróquias, Angola foi uma colónia portuguesa e de facto os missionários portugueses que evangelizaram Angola também trouxeram as devoções que lhes eram típicas”, sublinhou o arcebispo José Manuel Imbamba.