Há 10 anos, o azar bateu à porta de um simpático polaco e deixou-o marcado para sempre. Um acidente de moto poupou-lhe a vida, mas levou-lhe os braços. Para muitos jovens – e mesmo para os menos novos –, este acontecimento, necessariamente traumático, seria o fim da vida. Pelo menos, tal como a imaginamos enquanto tudo corre de feição. Mas não para Bartosk Ostalowski, a quem todos tratam por Bartek.

Após a cirurgia, este jovem polaco (amante de tudo o que tenha motor e acelere depressa) aprendeu a conduzir um automóvel automático sem qualquer modificação, apenas com os pés, utilizando o esquerdo para o volante e o direito para o acelerador e travão, além de também accionar a alavanca da caixa e a chave de ignição.

Assim que começou a dominar a condução de um veículo convencional, Bartek começou de imediato a imaginar se poderia fazer o mesmo com um carro de competição e daí a começar a fazer provas de karts e depois autocross foi um instante. Mas, com o passar dos anos, o polaco apurou a sua técnica. Estava cada vez mais rápido, ainda que com um carro relativamente pouco evoluído e nada adaptado à sua condição física.

Hoje, com 30 anos, Bartek está especializado em Drift e conduz um Nissan Skyline, sendo o primeiro piloto sem membros superiores a ter acesso a uma licença desportiva internacional. E o seu carro de competição está cada vez mais potente e fácil de conduzir, sobretudo porque agora o polaco pode passar de caixa com o ombro. Mas o grande trunfo de Ostalowski continua a ser a sua atitude perante a vida, que partilha com muitos outros amputados: nunca desiste.

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