O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu sábado, durante um jantar comício na Marinha Grande, Leiria, que vai continuar a “insistir” na reforma sem penalizações para os cidadãos com carreiras contributivas com 40 ou mais anos.

“Vamos continuar a insistir para que seja garantida a antecipação da pensão de velhice sem penalizações para os que tenham 40 ou mais anos de descontos, independentemente da idade”, afirmou Jerónimo de Sousa, salientando que se trata de uma proposta que “integra a política patriótica de esquerda que defendemos para Portugal”.

Segundo o secretário-geral do PCP, a “proposta do Governo corrige algumas das injustiças existentes”, mas ainda fica “muito aquém do que seria justo e necessário”.

O PCP exige que os “trabalhadores com longas carreiras contributivas, designadamente os que foram sujeitos ao trabalho infantil”, tenham a possibilidade de antecipar a reforma “sem penalizações”.

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Para Jerónimo de Sousa, a possibilidade de reforma antecipada não deveria ser destinada apenas a quem “tem 48 anos de descontos ou àqueles que têm 46 anos de descontos, tendo começado a descontar aos 14 anos ou menos”.

Sobre as eleições autárquicas, o líder do PCP afirmou que tem razões para “partir com confiança” para o sufrágio de 1 de Outubro. “Vamos para este combate eleitoral num quadro diferente daquele que se apresentava nas últimas eleições autárquicas de 2013, mas nem por isso menos exigente face aos desafios que permanecem no horizonte da nossa luta em defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país”, salientou.

Jerónimo de Sousa considerou ainda que as autárquicas “constituem uma batalha política de grande importância pelo que representam no plano local”, mas também “pelo que podem contribuir para dar força à luta que se trava nesta nova fase da vida política nacional para defender, repor e conquistar direitos e rendimentos, e para afirmar a alternativa, patriótica e de esquerda que o país precisa”.

Realçando a necessidade de “assegurar um PCP e uma CDU mais fortalecidos” e na defesa do “melhoramento das condições de vida do povo”, Jerónimo de Sousa deixou ainda o apelo “à participação na grande jornada nacional de luta, convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 3 de junho”.