A lei do “Comprar Europeu”, assim lhe chama Emmanuel Macron, recém-eleito presidente francês, “não é sustentável” e “distorce o mercado europeu”, disse esta segunda-feira o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen.

Será a cartilha pró-UE de Macron demasiado pró-UE para o seu próprio bem? A lei “Comprar Europeu” restringiria o acesso de empresas estrangeiras ao mercado europeu, já que a proposta de Macron passar por dar prioridade e empresas europeias na adjudicação de serviços e obras públicas a desenvolver na Europa.

“Acredito que os europeus são capazes de fornecer bens e serviços que preencham as expectativas dos consumidores europeus sem que para isso tenhamos que criar regras artificiais. Se o fizéssemos, os europeus seriam forçados a consumir, a comprar apenas o que é europeu sem razão nenhuma para isso”, disse Katainen. O responsável da Comissão acrescentou um aviso: “A União Europeia, como um todo, não poderia suportar uma restrição deste tipo nas adjudicações”.

Jyrki Katainen mostrou-se otimista em relação à nova era que começa agora em França com o presidente-eleito. “Quando ouço Emmanuel Macron noto que ele é um grande defensor da globalização em vez de querer construir muros à volta de França e, por isso, espero que França se torne muito mais influente no melhoramento da política comercial da União Europeia”, acrescentou o vice-presidente da Comissão Europeia.

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