Um capacete azul foi morto no sudeste da República Centro Africana, quatro estão desaparecidos e oito ficaram feridos num ataque à caravana em que seguiam, indicou esta terça-feira a Missão das Nações Unidas no país (MINUSCA).

“A caravana, que tinha deixado Rafai em direção a Bangassou, foi atacada por elementos armados cerca das 20h00” (mesma hora em Lisboa), de segunda-feira (…), indica o comunicado da MINUSCA.

Um soldado da paz cambojano foi morto e oito ficaram feridos, entre os quais um cambojano e sete marroquinos. Quatro ‘capacetes azuis’ estão desaparecidos, dos quais três são soldados cambojanos e um é marroquino. Os atacantes fugiram para o mato”, adianta.

A República Centro Africana mergulhou no caos em 2013 quando rebeldes muçulmanos derrubaram o presidente cristão do país. As Nações Unidas lançaram uma missão de paz para o país em 2014, que tem agora mais de 12.000 homens para proteger os civis da violência entre fações muçulmanas e cristãs. Cerca de 890.000 foram obrigados a abandonar as suas casas, alguns dos quais fugiram para o vizinho Camarões, segundo a ONU.

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No fim de semana, quatro grupos humanitários internacionais informaram que iam retirar os seus trabalhadores temporariamente de partes do norte da República Centro Africana devido ao aumento de ataques.

As Nações Unidas enviaram cerca de 12 mil pessoas para a República Centro-Africana para restaurar a estabilidade, após os conflitos de 2013 na sequência da deposição do então Presidente, François Bozizé, pelos rebeldes Seleka.

Portugal participa nesse esforço com 160 militares – 156 do Exército, entre os quais 111 Comandos, e quatro da Força Aérea – destacados para a MINUSCA desde finais de janeiro de 2017.