Em nota de pesar emitida esta terça-feira, pouco depois de ser conhecida a morte de Armando Baptista-Bastos, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, descreve Baptista-Bastos como uma “figura incontornável do jornalismo português”, sendo a sua morte uma “grande perda para a cultura”.

A propósito do percurso jornalístico de Baptista-Bastos, o ministro da Cultura lembra à coluna crítica que este assinava em 1953 n’ O Século Ilustrado, “Comentário de Cinema”, para referir que nela se “iniciava um estilo jornalístico inovador, polémico e extremamente atual que o haveria de caraterizar para sempre”.

Por fim, Castro Mendes cita o que outros escreveram de Baptista-Bastos ao longo do tempo para elogiar a obra literária deste. “Fernando Dacosta considerou a sua obra sobre jornalismo As Palavras dos Outros ‘uma referência obrigatória na profissão’. Este livro mereceria ainda o comentário de Luiz Pacheco: ‘Jornalismo feito literatura. Isto é, ascendendo ao plano da literatura: na contensão irónica, na sua capacidade de denúncia e intervenção, obrigando-nos à exploração psicológica dos tipos, no humor dos circunlóquios, principalmente no poder de síntese.'”

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