Os serviços norte-americanos de controlo de imigração lançaram uma mega-operação de combate à criminalidade relacionada com gangues. Ao longo de seis semanas, 1300 pessoas foram detidas em todo o país, naquela que acabou por revelar-se a maior operação de sempre nos Estados Unidos, se considerarmos apenas o número de detenções feitas.

Do alargado universo de detidos, diz a CNN, a maior parte (933) são cidadãos norte-americanos. Apenas 280 detenções foram motivadas por fatores relacionadas com a imigração, ainda que o organismo equivalente norte-americano ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras não tenha disponibilizado dados sobre quantos estavam em situação ilegal no país.

Foi, no entanto, divulgado que três dos detidos foram requerentes de estatuto com proteção ao abrigo de um programa de apoio para crianças sem documentos que chegam aos EUA e que foi criado no tempo da administração Obama. Agora que foram detidos, arriscam perder o direito a permanecer no país, segundo regras do DACA (na sigla em inglês).

O propósito da operação deu resultados: 1.095 das detenções dizem respeito a membros de gangues ou com ligações a estes grupos. Como os Bloods, os Sureños, os MS-13, que estão sob foco por parte da administração Trump no âmbito da segurança na fronteira com o México, e os Crips.

A maior parte das detenções aconteceu em alguns dos principais pólos urbanos do país, como Nova Iorque, Houston, Atlanta, Newark (onde reside uma importante comunidade de emigrantes e descendentes de emigrantes portugueses) e New Jersey.

A última operação do género aconteceu no ano passado. Foram detidas 1100 pessoas, das quais 239 pertenciam a diferentes gangues.

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