A comissão do Senado norte-americano que está a investigar as interferências russas nas eleições presidenciais do ano passado entregou uma intimação ao ex-conselheiro de segurança de Donald Trump a exigir a entrega de documentos. Este pedido, que segundo a BBC é raro, surge depois de Michael Flynn ter recusado colaborar voluntariamente com as investigações, de acordo com o comissão do senado para os serviços de informação.

Os senadores decidiram avançar com a intimação depois de no passado dia 28 de abril Flynn ter rejeitado o pedido de apresentação de documentos considerados relevantes para o inquérito. O antigo conselheiro de Trump, um tenente coronel reformado, terá dado informação errada à Casa Branca sobre as discussões que manteve com o enviado russo Sergei Kislyak a propósito das sanções americanas contra a Rússia. Estas conversas terão ocorrido ainda antes do presidente ter tomado posse.

O polémico conselheiro de segurança foi forçado a demitir-se em fevereiro depois de não ter divulgado o conteúdo das suas conversas com diplomatas russos.

A relação entre a administração Trump e os serviços secretos americanos tem estado envolvida em polémicas, das quais a mais recente foi a demissão do diretor do FBI, pela forma como geriu a investigação aos mails da candidata democrata Hillary Clinton durante a campanha. As autoridades americanas já chegaram à conclusão de que houve interferências de piratas informáticos russos na campanha eleitora, em particular no que toca à revelação das comunicações que terão contribuído para a derrota de Hillary.

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