As primeiras entrevistas para substituir o ex-diretor do FBI, James Comey, realizam-se este sábado. Para já, são quatro os candidatos que vão reunir com o procurador-geral, Jeff Sessions, avança a BBC.

O diretor interino do FBI, Andrew McCabe, é uma das quatro figuras que será entrevistada pelo procurador geral norte-americano, Jeff Sessions. Ao todo, onze pessoas estão a ser consideradas para o cargo, segundo a imprensa americana.

O presidente Donald Trump, tem sido alvo de críticas por ter despedido James Comey, que estava à frente da investigação sobre as alegadas interferências russas, via ciberataques, nas eleições presidenciais de 2016. McCabe contrariou a Casa Branca esta semana ao reforçar que essa mesma investigação é “altamente significativa”.

“O presidente encontrará [alguém para] o cargo assim que encontrar um candidato com as qualidades necessárias” disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer. Fontes do governo norte-americano, citadas pela Fox News, dão conta de que o trabalho para substituir James Comey está a avançar “rápida e expeditamente” e que “não se está a cortar por atalhos nenhuns”.

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Trump disse este sábado que espera nomear o novo diretor do FBI “rapidamente”, possivelmente antes de sexta-feira. Questionado sobre se a nomeação será feita antes da sua primeira viagem ao estrangeiro, na sexta-feira, Trump disse que “também há essa possibilidade” e salientou que os candidatos são “notáveis, muito conhecidos e do mais alto nível”.

Outro dos candidatos entrevistados no sábado é o senador republicano John Cornyn, o segundo membro mais importante do Senado e ex-procurador geral do Texas. A imprensa norte-americana indica também como potenciais candidatos, o juiz nova-iorquino Michael Garcia e a advogada Alice Fisher.

Donald Trump enfrenta ainda muitas questões sobre os motivos para o despedimento de Comey e se a decisão de afastar o homem forte do FBI estará relacionada com a investigação que o ex-diretor encabeçava. O site WikiLeaks oferece 100 mil dólares em troca de eventuais gravações de conversas entre Trump e Comey,

A Casa Branca incorreu em várias contradições para explicar a decisão de Trump, que nega ter levantado a suspeita de haver gravações das conversas privadas entre os dois, depois de, numa mensagem na rede social Twitter, Trump ter dito que era melhor que não houvesse gravações, antes que Comey começasse a lançar a sua versão dos fatos.