Os construtores de automóveis estão a levar cada mais longe os seus impulsos ecológicos. Talvez demasiado longe, na opinião de muitos. Depois dos veículos com motores alternativos, como os eléctricos e híbridos plug-in, o que obviamente se saúda, os fabricantes estão agora atentos a soluções, igualmente alternativas, para revestir os habitáculos luxuosos dos seus modelos.

Em vez de pele de vaca, eis que vão começar a surgir peles produzidas a partir de proteínas, de alforrecas e até mesmo de cogumelos, pelo menos a acreditar no director de Design da marca britânica do Grupo Volkswagen, Stefan Sielaff, em declarações ao Financial Times durante o Future of the Car Summit.

Segundo Sielaff, “será cada vez mais complicado oferecer exclusivamente a um cliente com hábitos vegans, o nosso leque de peles de vaca”, de excelente qualidade e com mais de 20 origens distintas. “Na Bentley, especialmente para clientes da Califórnia, temos vindo a receber solicitações neste sentido e temos vindo a discuti-las internamente e com a Mulliner, com quem produzimos as versões especiais, pelo que muito em breve haverá ofertas nesse sentido”, antecipou Sielaff.

A responsabilidade destes movimentos pro-vegan em automóveis, pode ser imputada a activistas como o cantor Morrissey, que tem vindo a chamar a atenção à Ford e à GM para tornar os seus veículos mais ecológicos e, igualmente, mais amigos dos animais.

Resta saber se, e quando, irão surgir os movimentos defensores dos direitos das alforrecas e dos cogumelos.

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