Foi durante o final dos anos 80 e início da década de 90 que o Fraunhofer Institute for Integrated Circuits (Fraunhofer IIS) criou o MP3, o formato digital mais utilizado para comprimir, guardar e ouvir música. Ao fim de quase 30 anos, a empresa decidiu parar o licenciamento deste formato e, ainda que implicitamente, sugerir outros mais eficazes.

Como explica o instituto em comunicado, este é ainda um dos formatos mais utilizados para armazenar música mas existem outros, como o AAC (Advanced Audio Coding), que oferecem melhor qualidade de som que o MP3. A Fraunhofer IIS explica ainda que o formato AAC é já o utilizado pela maioria das televisões e das rádios.

Também a Apple utiliza este formato, quer na loja iTunes quer no serviço de streaming. Já o Spotify utiliza o formato Ogg que também já não é novo mas consegue melhores resultados que o MP3.

Ao que tudo indica o futuro está mais virado para a utilização generalizada do AAC, que é apontado como o principal “substituto” do MP3, uma vez que consegue uma maior qualidade de som com um bitrate menor – quantidade de informação por unidade de tempo. Por outras palavras, e a título de exemplo, um ficheiro de música AAC a 128 kbps tem uma melhor qualidade de som que o mesmo MP3 a 128 kbps.

Esta mudança não implica que os ficheiros atuais e os equipamentos que utilizamos deixem de funcionar, pelo contrário: agora que o MP3 está “livre” (de licenciamento), outros leitores ou sistemas podem incorporá-lo, apesar de, daqui para a frente, seja de esperar o desinvestimento tecnológico no formato.

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