O Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou esta terça feira que está a financiar uma estratégia para eliminar as barreiras que travam o comércio do pescado são-tomense com a União Europeia.

O projeto, financiado em 400 mil dólares (361 mil euros) “responde às prioridades no setor das pescas inscrito no Plano Nacional de Investimento no setor agrícola, alimentar e nutricional de São Tomé e Príncipe, adotado para o período 2016 -2020”, explicou Lionel Kadijh representante do FAO durante um seminário organizado pela direção das Pescas são-tomense.

O governo são-tomense solicitou em 2014 à FAO que ajudasse a identificar os problemas sanitários no setor das pescas, tendo, nesse âmbito, sido contratada uma consultora internacional que elaborou um “diagnóstico” sobre a situação sanitária nesse domínio.

O documento foi submetido, esta terça feira, para discussão e recomenda a elaboração de uma estratégia sobre segurança sanitária dos alimentos provenientes da pesca. “Estamos a falar de uma verdadeira estratégia sanitária de segurança alimentar dos produtos produzidos localmente ou importados, no quadro de um programa de aproximação integrada e articulada com o setor da produção animal e vegetal”, disse Lionel Kadijh.

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“O desenvolvimento de uma tal estratégia é importante tanto para o consumidor nacional como para a proteção dos recursos haliêuticos, da fauna e da flora, via para o desenvolvimento do turismo local, setor tido como o principal polo desenvolvimento económico do país”, acrescentou.

O governo do arquipélago considera que a maneira como se conserva, se vende e se comercializam os produtos da pesca em São Tomé e Príncipe “desencoraja os consumidores”, particularmente cidadãos estrangeiros. “Esse projeto tem a ver com a comercialização do pescado no nosso mercado que todos sabemos que não é da melhor forma”, disse o diretor das Pescas, João Pessoa, sublinhando a “urgência” do executivo são-tomense em “melhorar todos os aspetos que têm a ver com a captura, manuseamento e comercialização do pescado”.

João Pessoa garante que o estudo revela que o pescado são-tomense “não tem sido tratado da melhor maneira para a segurança sanitária dos consumidores”.