O Governo norte-americano disponibilizou 63 milhões de dólares (57 milhões de euros) para programas de combate à malária, HIV/SIDA, e melhoria da gestão nas áreas de planeamento familiar em Angola, anunciouesta quarta feira a embaixada dos EUA em Luanda.

Em comunicado enviado à Lusa, a embaixada dos Estados Unidos da América em Angola refere que o programa será gerido, nos próximos cinco anos, através de parceiros nacionais e estrangeiros da agência norte-americana para o desenvolvimento internacional (USAID).

Entre 2017 e 2021, organizações como o Population Services International (PSI), Management Services for Health (MSH), Tropical Health, The Mentor Initiative, Rede Mulher Angola e a Tecnosaúde vão ajudar Angola a fortalecer o uso efetivo dos recursos angolanos no setor da saúde.

A nota acrescenta que o programa será executado em estreita colaboração com o Governo angolano, por meio do Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, do Programa Nacional de Controlo da Malária e do Departamento de Recursos Humanos, tendo como finalidade melhorar os indicadores de saúde de Angola.

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Essa ajuda do Governo norte-americano, que tem como um dos focos a luta contra a SIDA, visa contribuir para que 90% das pessoas infetadas recebam a terapia contra a doença em Luanda, alcançando mais de sete mil pessoas por ano.

No ato de lançamento do programa, ocorrido na província de Malange, o diretor da USAID, Derrick Brown, sublinhou ainda que um dos objetivos é aumentar o uso de contracetivos entre os angolanos, de 30 por cento para 53%, nas províncias de Luanda e do Huambo. “São objetivos ambiciosos, que só podem ser atingidos pelo forte compromisso do Governo de Angola”, referiu Derrick Bron.

O ato de lançamento do programa aconteceu na mesma altura em que foi aberta a campanha nacional de distribuição de redes mosquiteiras tratadas com inseticida, que deverá ser feita em três fases, a primeira virada para as províncias de Malange, Cuanza Norte, Lunda Norte, Uíge e Zaire. As 13 restantes províncias do país deverão beneficiar da campanha no final deste ano e início de 2018.

A USAID, através da Iniciativa Presidencial de Luta contra a Malária/PMI, está a doar 2,9 milhões de redes mosquiteiras para esta ronda, sendo esperada a continuidade deste apoio como suporte dos esforços do Ministério da Saúde e do Plano Nacional de Luta contra a Malária.

O anúncio deste apoio do Governo norte-americano acontece precisamente quando o ministro da Defesa de Angola, João Lourenço, está em Washington para a assinatura de um acordo de cooperação a nível da defesa com o Governo dos Estados Unidos.