O banco Lloyds Banking Group confirmou esta quarta-feira que passou a ser “totalmente” propriedade privada, nove anos depois de ter sido resgatado por decisão do governo trabalhista britânico durante a crise financeira. O Executivo de Londres vendeu a participação que ainda restava (0,25 por cento) recuperando o montante despendido na altura do resgate financeiro que correspondia a 24 mil milhões de libras (23.868 mil milhões de euros).

O presidente da instituição, Norman Blackwell, referiu que a venda da participação “assinala a última etapa do resgate e do rejuvenescimento do Lloyds Banking Group”. Há nove anos, o governo passou a deter 43 por cento da participação mas nos últimos anos desenvolveu um programa de venda das ações que agora fica concluído.

O Tesouro britânico foi alienando progressivamente as ações do Lloyds que tinha em carteira a partir do final de 2014 e as vendas efetuadas terão rendido ao Reino Unido mais-valias de 900 milhões de libras, perto de 1.050 milhões de euros, de acordo com informação divulgada pelo Lloyds. O Estado britânico ainda é detentor de 70% do Royal Bank of Scotland, que também foi alvo de apoio durante a crise financeira.

“Há seis anos herdámos um banco muito fragilizado e em situação financeira muito precária. Graças ao trabalho árduo desenvolvido por todas as equipas do banco, o Lloyds é hoje um banco muito sólido, rentável, a pagar dividendos e a apoiar a economia britânica”, afirmou António Horta Osório, presidente executivo, através de uma comunicação oficial.

Notícia atualizada às 13h16 de 17 de maio de 2017, com o valor das mais-valias realizadas pelo Estado britânico e declarações de António Horta Osório

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