A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) procura a experiência das bolsas de valores do Brasil, numa relação que vai dar prioridade à formação. “O Brasil é um país com uma experiência nesta área de mais de um século e é necessário que o nosso país apreenda. O que nós queremos fazer agora é cristalizar os contactos que já temos”, afirmou Salim Valá, presidente da bolsa moçambicana.

Salim Valá falava durante a visita do embaixador brasileiro em Moçambique, Rodrigo Soares, às instalações da BVM em Maputo. Até ao momento, de acordo com Salim Valá, a BVM tem estado em contacto com a Bolsa de São Paulo (Bovespa), cuja capitalização bolsista está acima dos 694 mil milhões de dólares, e prevê também iniciar conversações com a bolsa de Pernambuco.

De acordo com o presidente da BVM, o Brasil está disponível para capacitar quadros moçambicanos e está formação será extensiva a todos os intervenientes no mercado de capitais. “O mercado de capitais envolve o Banco de Moçambique, a tutela, o Ministério da Economia e Finanças e todos os operadores de bolsa”, afirmou o presidente, apontando os domínios das boas práticas cooperativas e legislação como outras áreas para cooperação.

Por seu turno, Rodrigo Soares manifestou abertura do Brasil para apoiar Moçambique no fortalecimento do mercado de capitais, apontando também a formação como condição para esse crescimento. “Moçambique é o maior beneficiário da cooperação brasileira em todo o mundo e nós temos todo o interesse em continuar a abrir novas frentes de cooperação”, concluiu.

A Bolsa de Valores de Moçambique foi criada em 1998. A BVM encerrou o ano de 2016 com um volume de negócios de 61,8 mil milhões de meticais (785 milhões de euros) e tem cinco empresas cotadas. “Este ano esperamos que mais três empresas sejam cotadas”, disse Salim Valá à Lusa.

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