O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou esta quarta-feira que o Governo não dá ordens à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), sublinhando que apenas haverá convergência com o Montepio se houver esse interesse da Misericórdia.

No parlamento, onde está a ser ouvido sobre a hipótese de a Santa SCML entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral, Vieira da Silva afirmou que “o Governo não dá ordens à Misericórdia de Lisboa”. “Nem as aceitaria. Há troca de impressões normal. Esta convergência só se verificará se corresponder ao interesse da Misericórdia de Lisboa e se a mesa considerar que esse interesse é compatível”, afirmou o ministro.

O governante disse que “obviamente que há” contactos entre o Ministério e a SCML, mas que a Misericórdia tem “uma grande autonomia” e que a troca de impressões “é a normal”. No final de março, o ministro Vieira da Silva disse que o Governo vê com “simpatia e naturalidade” a eventual entrada da SCML e de outras instituições da área social no capital da Caixa Económica Montepio Geral, o que levou os deputados da Comissão do Trabalho a chamarem o ministro com urgência ao parlamento para mais explicações.

Anteriormente à intervenção do ministro, o deputado do CDS-PP Anacoreta Correia considerou que este processo, desde o seu início, tem sido “pouco tranquilo e pouco sólido”.

Sobre a situação da Associação Mutualista Montepio, outro assunto que trouxe o ministro ao parlamento, o deputado do Bloco de Esquerda Paulino Ascensão apontou as investigações judiciais em curso e questionou se a supervisão do Ministério do Trabalho é suficiente.

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