O atual imperador japonês, Akihito, vai poder abdicar do trono. A modalidade especial foi aprovada pelo conselho de ministros japonês esta sexta-feira. A lei japonesa não permite, em circunstâncias normais, que um imperador abdique do cargo mas uma proposta de lei vai abrir uma exceção para o atual imperador que, de resto, já demonstrou publicamente a sua intenção de se aposentar.

O diploma vai ser enviado ainda durante esta sexta-feira ao parlamento japonês, onde o executivo espera que seja aprovado até ao final do próximo mês. Sem grandes obstáculos previstos, Akihito poderá abdicar de funções até ao final de 2018, deixando o cargo para o filho mais velho, Naruhito.

Esta decisão surge poucos dias após o anúncio do casamento da princesa Mako (neta de Akihiro) com um plebeu, o que lhe vai custar o estatuto real – a mesma situação aconteceu com a sua tia, Sayako. A lei imperial não permite que uma mulher chegue ao cargo de imperatriz, uma questão que tem vindo a ser debatida publicamente.

Japão. Princesa Mako vai perder estatuto real ao casar com um plebeu

Akihito poderá tornar-se o primeiro imperador a abdicar do trono em mais de 200 anos. Esta proposta de lei foi concebida especificamente para o atual imperador, impedindo futuras abdicações, tendo em conta os problemas de sucessão que assolam a família imperial. O casamento de Mako vai reduzir o número de membros da família real para 18 – e apenas três são homens com acesso ao trono: Naruhito, Akishino e o filho Hisahito (irmão mais nova da princesa).

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