A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, divulgou esta segunda-feira que a suspensão do inquérito a Michel Temer só será decidida quando a avaliação da gravação da conversa entre o presidente e Joesley Batista, dono da JBS, terminar. Caso se verifique que tenha sido editada, o inquérito poderá ser suspenso.

A informação foi avançada pela Globo. O presidente do Brasil acabou por desistir do pedido de suspensão do inquérito. O advogado de Temer, Gustavo Guedes, revelou na tarde desta segunda-feira que fez um novo pedido ao STF para que o inquérito afinal não fosse suspenso, conta o jornal brasileiro Estadão.

Eu vim dizer que, diante desse deferimento, não víamos mais a necessidade de suspender o processo e que o presidente quer que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível”, disse o advogado.

No passado sábado, Michel Temer anunciou que ia avançar com um pedido de suspensão do inquérito ao STF. Num comunicado ao país, o presidente do Brasil defendeu que as gravações que o incriminam foram manipuladas. “Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com o objetivos nitidamente subterrâneos, que levou muitas pessoas ao engano e trouxe grave crise ao Brasil”, garantiu Temer.

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Michel Temer exige suspensão do inquérito e diz que gravação foi adulterada

No mesmo dia, depois do anúncio de Temer, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, defendeu a continuidade do inquérito, garantindo que as gravações passaram por uma avaliação técnica. Numa nota divulgada pelo Ministério Público Federal, concluiu-se que a gravação “é audível, inteligível e apresenta uma sequência lógica e coerente, com características iniciais de confiabilidade”.