O canoísta olímpico Fernando Pimenta, que no fim de semana conquistou uma medalha de ouro e duas de prata na Taça do Mundo de Montemor-o-Velho, assegura que ainda tem “margem de progressão” nos resultados internacionais de 2017.

“Sem dúvida que faço um balanço de arranque [de ciclo olímpico] muito positivo. Duas medalhas de prata e uma de ouro é muito bom. Voltar às provas internacionais, às Taças do Mundo, subir aos pódios e saber que ainda tenho boa margem de progressão para esta época”, disse, após o ouro em K1 1.000 e a prata em K1 500 e 5.000.

Em declarações à Lusa, o vice-campeão olímpico em Londres2012 em K2 1.000, com Emanuel Silva, e quinto classificado em K1 1.000 no Rio2016, considera positivo limitar-se agora ao monolugar, após deixar o K4 1.000, que foi sexto no Brasil, mas alerta que há mais casos entre os principais canoístas internacionais.

“Há vários atletas de outros países focados unicamente no K1. Estamos no início do ciclo olímpico. Agora é voltar aos treinos, ganhar ritmo competitivo. Isso é o mais importante. Passo a passo. Prova a prova. Época após época para ver as melhores opções sempre com o objetivo de melhorar. Esse é o grande objetivo”, frisou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Pimenta diz que este novo ciclo será também para “ganhar mais experiência, sobretudo com os erros em algumas provas”, considerando que essa “aprendizagem constante” é fundamental para o sucesso.

Afirma que os Jogos são o “ponto alto de qualquer ciclo olímpico” e é por isso que trabalha diariamente para Tóquio2020, mas recorda que o processo deve privilegiar o empenho e foco no “dia a dia com a ambição estar cada vez melhor”.

O canoísta de Ponte de Lima admite ser “gratificante” que os portugueses conheçam o seu trabalho e o percurso da canoagem nacional, assumindo que o maior mediatismo do seu desempenho representa uma “responsabilidade extra”.

“Sem duvida que é muito bom. As pessoas estão atentas, gostam de seguir o nosso trabalho. É muito importante. Mas dá-nos responsabilidade extra, pois devemos ter sempre um bom percurso, limpo, sem criar polémicas. Dar uma boa imagem, como sempre fazemos, de Portugal”, frisa.

O canoísta português com melhor currículo entende ainda que o bom desempenho da modalidade nos últimos anos “ajuda a ter mais e melhores apoios”, o que considera “um bom legado para as próximas gerações”. O ponto alto da época desportiva são os Europeus de Plovdiv, Bulgária, em julho, e os Mundiais de Racice, na República Checa, um mês depois.