O bombista suicida que matou 22 pessoas na segunda-feira em Manchester, no Reino Unido, terá dito que foi movido pelo tratamento injusto que recebeu, afirmou uma parente. A mulher disse à agência AP, que Salman Abedi lhe telefonou a explicar o motivo e a pedir perdão pelo que ia fazer.

A familiar, que falou ao telefone com a AP a partir da Líbia, afirmou que um amigo muçulmano de Abedi foi assassinado no ano passado e que o terrorista lhe disse que os “infiéis” no Reino Unido não se importaram. “A raiva foi a principal razão” para o atentado, que fez ainda 64 feridos à saída de um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande na Manchester Arena. Ao telefone com a sua parente, Salman Abedi terá pedido: “Perdoa-me”.

As autoridades britânicas estão a investigar as ligações entre Abedi e outros militantes islâmicos em Manchester, no resto da Europa e no norte de África e Médio Oriente.

Um membro da comunidade líbia de Manchester afirmou que Abedi foi banido da mesquita depois de ter interrompido e insultado um imã que fazia um discurso contra o grupo radical Estado Islâmico, que reivindicou o atentado. Segundo um irmão mais novo do bombista, este terá consultado a Internet para aprender a fabricar um engenho explosivo e tentar conseguir “uma vitória para o Estado Islâmico”.

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