James Comey, ex-diretor do FBI, demitido por Donald Trump, sabia que as informações russas que acusavam Hillary Clinton eram falsas, de acordo com fontes com conhecimento no processo, avança a CNN. As autoridades norte-americanas sabiam desde o início da investigação que as informações eram falsas.

Ainda assim, Comey agiu como se as informações fossem verdadeiras e nunca disse aos legisladores que tinha dúvidas sobre a sua veracidade. Segundo a CNN, Comey temia que a investigação aos emails de Hillary Clinton e o próprio Departamento de Justiça fossem postos em causa se fosse descoberto que a informação era falsa.

Comey estava preocupado não tanto com a precisão das informações mas que fossem divulgadas publicamente uma vez que, depois disso, a polícia e os serviços de inteligência não conseguiriam desacreditá-las, garantem fontes próximas a Comey à CNN.

Foi esta a razão que levou Comey, em julho do ano passado, a anunciar publicamente que ia arquivar a investigação sem antes consultar a procuradora-geral, Loretta Lycnh. Na altura, Comey defendeu a sua decisão com base em “recentes desenvolvimentos” na investigação que obrigavam a um novo olhar. Ainda assim, o ex-diretor do FBI repreendeu Hillary Clinton pelas suas práticas de uso de email “extremamente descuidadas”.

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FBI reabre investigação a Hillary Clinton após descoberta de novos e-mails

Mais tarde, a investigação acabou por ser retomada devido à existência de novos emails “pertinentes para a investigação”, segundo uma carta enviada por James Comey ao Congresso norte-americano.

A informação agora revelada pela CNN está a ser vista como um exemplo de como a Rússia pode ter influenciado as eleições presidenciais norte-americanas, neste caso durante a campanha.