A decisão final caberia a Hugo Miguel, o árbitro escolhido para apitar o Benfica-V. Guimarães. Mas por duas vezes este consultou os vídeo-árbitros presentes no Jamor, os internacionais Artur Soares Dias e Jorge Sousa. Em ambas prevalecia a sua decisão inicial. Josué, central do V. Guimarães, foi protagonista, e tocou sempre a bola com a mão dentro da área. A primeira é mais polémica do que a segunda — esta perfeitamente involuntária –, mas em nenhuma Hugo Miguel assinalaria penálti.

Vamos aos lances:

Primeiro, aos doze minutos, Grimaldo sobe pela esquerda, quer cruzar para área e para Jiménez, mas o cruzamento é cortado, de “carrinho”, por Josué. O central do Vitória tocaria a bola com a mão dentro da área. Fica a ideia que Josué deixou o braço para trás propositadamente, mas a jogava disputou-se tão rapidamente que Hugo Miguel deu o beneficio da dúvida e considerou o toque como casual.

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Por fim, aos cinquenta e seis minutos, dentro da área, na molhada, Cervi tenta picar a bola e entregá-la a Salvio, mas esta toca na mão do central Josué. Hugo Miguel deixa seguir. Pouco depois, o árbitro interromperia o jogo, consultou o vídeo-árbitro, que lhe comunicaria que o toque de Josué foi involuntário e não havia grande penalidade por assinalar. Fica a ideia que o toque de Cervi é “à queima” e Josué não tinha como afastar a mão.

A final da Taça de Portugal foi o primeiro jogo oficial em Portugal a contar vídeo-árbitro. O Benfica venceu (2-1) o V. Guimarães, fez a “drobradinho” ergueu pela vigésima sexta vez a Taça de Portugal.