Um surto de sarna no serviço de Ortopedia A do hospital de Viseu obrigou 15 profissionais e cerca de 20 doentes a fazerem tratamento, disse esta terça-feira à Lusa o presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Cílio Correia.

Temos um surto de sarna que se manifestou no serviço de ortopedia A do hospital, que tem também camas adstritas à Medicina Física e de Reabilitação, onde esteve internado um doente a quem, no dia 19 de maio, foi feito o diagnóstico de sarna”, explicou.

Segundo Cílio Correia, “nessa altura, oito enfermeiros e sete assistentes operacionais fizeram o tratamento e ausentaram-se” e “tentou-se fazer o tratamento dos doentes que tiveram uma ligação direta ao doente infetado, só que, entretanto, surgiram outros com sintomatologia”. A notícia do surto foi avançada esta terça-feira pelo semanário Jornal do Centro, que na sua edição ‘on line’ titula “Sarna provoca isolamento de 40 pessoas no Hospital de Viseu”.

Cílio Correia referiu à Lusa que como surgiram novos casos suspeitos, “alargou-se o contexto e interveio a comissão de controle de infeção”, tendo sido decidido não haver novas admissões no serviço de ortopedia A e Medicina Física e de Reabilitação. Neste serviço existem 26 camas, estando quatro delas adstritas à Medicina Física e de Reabilitação.

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Os doentes destas enfermarias fazem o tratamento profilático que está recomendado, que é o benzoato de benzilo, e não se deslocam do serviço para tratamentos ou outros procedimentos que possam ser adiados até ao términos do tratamento profilático, que são três dias mais um (três dias de aplicação do líquido mais um de profilaxia)”, explicou.

Também “os profissionais sintomáticos e os assintomáticos com exposição estão a fazer tratamento com o benzoato de benzilo”, sendo que aqueles que tiveram sintomas “não devem trabalhar até 24 horas depois do tratamento”, ou seja, estarão ausentes do serviço quatro dias, acrescentou. O médico explicou que a sarna se transmite “com relativa facilidade, fundamentalmente por contacto direto”, sendo que “o risco de contágio aumenta e está relacionado com o número de ácaros que existem na pessoa infetada”.

Segundo Cílio Correia, o número de pessoas a necessitar de tratamento pode aumentar, “porque às vezes as manifestações não são imediatas”. “Por isso é que estamos a fazer o tratamento profilático a todos os que tiveram contacto direto”, frisou.

O presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu acrescentou que na próxima semana, será feito um ponto de situação e “a comissão de controle de infeção dirá o que fazer a seguir”. “Depois do tratamento profilático, se não surgirem novos casos, damos isto por encerrado e a enfermaria só abrirá depois de higienizada e desinfetada”, afirmou.