Um total de 2.977 pessoas foram detidas durante manifestações na Venezuela, das quais 1.351 continuam privadas de liberdade, revelou esta terça-feira a organização não governamental Foro Penal Venezuelano (FPV).

Segundo a mesma organização, do total de pessoas detidas, 373 estão sob a alçada da justiça militar. De acordo com o diretor executivo da Foro Penal, Alfredo Romero, “mais de 80%” das pessoas detidas “são jovens” e estão a ser usados tribunais militares ultrapassando a justiça civil, instância que tem libertado alguns dos detidos por participarem nas manifestações. “Os tribunais (militares), pelo contrário, exigem a privação da liberdade violando o Estado de direito”, disse.

O diretor da FPV, Alonso Medina, explicou por seu turno que os delitos imputados pela justiça militar são “na sua maioria de traição à pátria e rebelião” assim como outros “poucos” delitos “contra a ordem e a segurança da nação” e das forças armadas. Sobre o delito de “rebelião militar”, Medina assinalou que “em nenhuma circunstância” se pode equiparar uma manifestação com uma rebelião militar.

Venezuela enfrenta a “mãe de todas as manifestações”

Há 60 dias que a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, algumas das quais geraram confrontos violentos que provocaram a morte de 59 pessoas e um milhar de feridos.

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