O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou esta quinta-feira, em comunicado, a morte do escritor Armando Silva Carvalho, “uma das vozes mais singulares” da literatura portuguesa.

O poeta e tradutor Armando Silva Carvalho morreu esta quinta-feira, nas Caldas da Rainha, aos 79 anos, vítima de cancro, deixando uma obra literária que escapa a “quaisquer escolas ou amarras que a situem”, premiada e iniciada em 1965 com “Lírica consumível”.

Na poesia e na prosa, Armando Silva Carvalho destacou-se “graças ao modo como consegue articular certas experiências do quotidiano e uma notável criatividade da linguagem, levando a que as emoções individuais sejam filtradas por um olhar lúcido e muitas vezes irónico sobre a realidade circundante”, lê-se na nota de imprensa do Ministério da Cultura.

O velório realiza-se esta quinta-feira ao fim do dia na Igreja de Olho Marinho, terra natal do poeta no concelho de Óbidos, distrito de Leiria, e na sexta-feira o funeral sairá para o cemitério da mesma aldeia, situada entre Óbidos e Peniche.

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Armando Silva Carvalho nasceu em 1938 e era um dos mais importantes poetas portugueses da atualidade, tendo ainda recentemente vencido os mais importantes prémios literários nacionais, com o livro “A Sombra do Mar”, publicado pela Assírio & Alvim.

Com esta obra, venceu em fevereiro o prémio literário Casino da Póvoa, do Correntes de Escrita, bem como o Prémio PEN de Poesia e o Grande Prémio de Poesia António Feijó, da Associação Portuguesa de Escritores, em 2016.

A obra dele está traduzida para castelhano, russo, francês, inglês, sueco, letão, alemão, italiano e holandês.