Boletins de vacinação eletrónicos; horários adaptados às novas necessidades das famílias; alargamento de pontos de vacinação; reforço de campanhas pró-vacinação; aumento da cooperação entre entidades de saúde e escolas. A par da responsabilização dos pais pela não vacinação dos filhos, estas deverão ser algumas das medidas do novo modelo de governação do Plano Nacional de Vacinação, que Adalberto Campos Fernandes vai esta quinta-feira apresentar, durante uma sessão organizada pela Direção-Geral da Saúde, para assinalar o Dia da Criança.

Em entrevista ao Público, o ministro da Saúde frisou a necessidade de travar a proliferação de grupos e ideais anti-vacinação, e de manter as taxas de cobertura vacinal elevadas, de forma a garantir a tão falada imunidade de grupo.

Sobre a questão da responsabilização de pais ou encarregados de educação que optem pela não inoculação dos filhos, Adalberto Campos Fernandes disse que a medida, atualmente em processo legislativo e que deverá entrar em vigor já no próximo ano letivo, poderá passar pela assinatura de um documento formal.

Em que moldes decorrerá o processo ou que consequências arriscaram os pais, o ministro da Saúde não disse: “No essencial pretende-se assegurar um processo de co-responsabilização formal dos pais e educadores que seja suportado num elevado grau de informação e torne claras as consequências da opção pela não-vacinação não apenas no plano individual mas também no plano comunitário. Está a ser desenhado o modelo operacional que permita garantir que essa responsabilidade é formalmente assumida. Quando as escolas detetarem através do sistema de partilha de informação eletrónica que uma criança não está vacinada, automaticamente essa informação será partilhada com a [entidade de] saúde pública regional e haverá um contacto dos serviços de saúde”.

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