Nunca foi bem vista por boa parte dos inúmeros indefectíveis da Tesla a manutenção do seu CEO enquanto conselheiro do Presidente norte-americano. Posição que Elon Musk tem vindo a justificar com o argumento que poderá ser mais útil à causa ambiental estando próximo do actual inquilino da Casa Branca, tentando ajudá-lo a seguir o caminho certo, do que abandonando tal tarefa – mesmo depois de o seu homólogo da Uber, Travis Kalanick, ter abandonado o cargo, assim cedendo às pressões feitas nesse sentido pela opinião pública.

Mas as coisas poderão estar prestes a mudar, em virtude da anunciada renúncia por parte dos EUA aos chamados acordos de Paris sobre as alterações climáticas, subscritos ainda no consulado de Barack Obama. Musk parece ter perdido em definitivo a paciência e, através da sua conta no Twitter, anunciou ter feito todo o possível para convencer Trump a manter o compromisso assumido pelo seu antecessor.

Quando questionado sobre qual será a sua posição caso a decisão seja a esperada, Musk também não deixou margem para dúvidas: “Não terei outra escolha se não abandonar os conselhos.” Uma atitude que, a confirmar-se, não deixará de constituir um alívio para a maioria dos seus adeptos e da marca por si fundada, já que não são poucos os que o consideram (ou consideravam, já que alguns até cancelaram a sua pré-reserva do novo Model 3 por via disso) um verdadeiro ícone da causa das energias limpas.

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