É inevitável associarmos o ato de viajar à alegria da descoberta e da evasão. Mesmo que se trate de uma viagem de trabalho, implica sempre sair do local habitual e acabar por conhecer outras gentes, culturas e novos sítios. E isso é apaixonante para a maioria das pessoas. Já a parte de fazer a mala não reúne assim tanto consenso. Há quem não se atrapalhe nada e a faça num abrir e fechar de olhos, mas também há quem se arraste cheio de dúvidas e indecisões sobre o que levar. No final, é sempre o mesmo problema: e agora, como é que vamos conseguir fechar a mala com tudo aquilo que lá pusemos dentro?

Para ajudar a resolver esta questão, recorremos à ajuda de Paula Margarido, arquiteta e perita em organização, para quem fazer malas de viagem não é nenhum mistério. O segredo é um só e muito simples: planeamento. Nas suas palavras, “o primeiro aspeto a ter em conta é o número de dias que vamos estar fora. A partir daí tudo se organiza”. Também ajuda “saber as temperaturas previstas para os dias e local onde se irá estar”. No caso de se tratar de uma viagem de trabalho, Paula Margarido aconselha também a “pesquisar previamente o máximo de informação disponível sobre o evento onde vamos estar presentes e as pessoas que participarão”. Desta forma, será possível levar roupa mais ou menos formal, tendo em conta o que irá acontecer. “Por exemplo, sabe-se que as profissões que lidam com a criatividade são, em regra, mais informais, enquanto outras, como as relacionadas com as finanças ou a Indústria Farmacêutica são mais conservadoras na forma de vestir”. Depois de ter esta informação, basta seguir algumas dicas que o El Corte Inglés apresenta e que reunimos aqui.

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10 Dicas para que nada falte na sua mala de viagem

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  • O homem precisa de um bom fato e de uma camisa por cada dia em que vai estar fora.
  • Deve incluir sempre uma ou duas gravatas de boa qualidade que combinem com o fato e as camisas;
  • Para a mulher a aposta deve ser em básicos de boa qualidade e de cores neutras (por exemplo, uma camisa branca, uma saia e umas calças). Depois, há a possibilidade de combinar tudo ao longo dos dias;
  • Não esquecer um bom casaco para a noite e um mais fino para os dias. E ainda um impermeável, caso as condições meteorológicas o aconselhem;
  • A roupa interior deve ser arrumada em sacos de pano para que seja fácil de encontrar e não esteja misturada com tudo o resto;
  • Os sapatos a levar devem ser adequados às atividades programadas e também arrumados em sacos de pano. Acima de tudo, há que privilegiar o conforto;
  • Os saquinhos de pano são também úteis para levar acessórios, como colares, pulseiras ou relógios;
  • A bolsa de higiene pessoal vai ser mais ou menos pesada conforme o grau de exigência de cada um. Paula Margarido lembra que a maior parte dos hotéis disponibiliza os artigos de higiene básicos, mas a qualidade pode não ser a melhor, porque tendem a ser produtos tudo-em-um;
  • A melhor forma de arrumar a mala é começar por colocar a roupa pesada no fundo e a mais leve em cima para que não fique amarrotada. Logo que chegue ao destino, há que pendurar logo nos cabides disponíveis;
  • As senhoras devem usar no dia da viagem uma carteira grande onde consigam guardar o maior número possível de objetos (incluindo os gadgets) e na mala de viagem guardam uma outra carteira mais pequena;
  • Se não sabe se existem chinelos de quarto no hotel e não quer levar uns, opte por levar umas meias para calçar com essa finalidade.

Testemunhos de quem viaja o tempo inteiro

Quem anda sempre a viajar de um lado para o outro já sabe perfeitamente como fazer a mala, tem a certeza do que vai levar e raramente lhe falta algo quando chega ao destino. Uma dessas pessoas é Rui Barbosa Batista, jornalista e autor de blog de viagens. Conta com mais de cem países visitados e promete não parar, por isso, fazer malas ou mochilas é coisa que não o assusta. Aliás, nesta tarefa diz que “dificilmente demora mais de 15 minutos”. Assume-se como “muito pragmático” e embora considere que “nada é verdadeiramente imprescindível”, há coisas que leva sempre: “Um leitor de mp3, um tapa-olhos, escova e pasta de dentes, o telemóvel e o tablet que ajuda a manter o contacto e a passar o tempo dos voos ou nos aeroportos.”

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O principal conselho que partilha no que toca a preparar malas de viagem é fazê-las “mais a pensar no regresso do que na partida”. “Nada há que me possa faltar que não possa comprar no destino. Já as coisas que compro em viagem precisam obrigatoriamente de espaço. A minha grande ginástica é precisamente no regresso. Regularmente deixo ficar roupa e outros itens não essenciais para ganhar espaço”, conclui.

Quem também anda sempre numa roda-viva é Linda Pereira, CEO de uma empresa de organização de eventos e consultora internacional. Ao contrário de outras pessoas, gosta de fazer a sua própria mala e é “muito organizada nessa tarefa”. Diz que faz a mala “apenas um dia antes de partir”, mas previamente já analisou o programa de trabalho para ver os eventos formais e informais em que estará presente. Depois de decidir a roupa que vai levar, passa tudo a pente fino: “vejo se está tudo limpo, com os botões no lugar e se me fica bem.” Um dos truques que costuma usar é levar a roupa toda em duas cores que depois combina, por exemplo, preto e vermelho. “Assim, de dois fatos faço quatro e previamente visualizo os conjuntos exatamente como os vou usar, incluindo roupa interior, joalharia e sapatos.”

Por força da profissão, também Pedro Areias, diretor comercial de uma agência de viagens, passa muito tempo fora de casa. Acaba por delegar na mulher a tarefa de preparar a mala, não só porque confia, mas também “porque o tempo é sempre curto”. Dentro da mala diz que nunca pode faltar a máquina de aparar barba e cabelo, mas é muito pragmático em tudo o resto: “a nível pessoal prefiro levar roupa à conta, pois qualquer coisa que falte compra-se lá. A nível profissional o espaço é sempre pouco e tem de ser maximizado ao máximo para roupa casual e formal. Costumo aproveitar as calhas do troley e separar os artigos de higiene por diversas bolsas.” Quanto às características que preza nas malas que usa, refere que devem ter “quatro rodas de qualidade e uma das partes deve ser separada por fecho para as camisas”.

Escolha a mala certa para si

Na verdade, a mala acaba por desempenhar um dos papéis principais em toda a viagem, não só porque precisamos que lá caiba tudo o que precisamos de levar (e trazer), como é importante que seja robusta, feita de bons materiais e reflita bem o estilo de quem a usa. Afinal, a mala de viagem é também um acessório de moda, pelo que deve ser criteriosamente escolhida. A pensar nisso mesmo, o El Corte Inglés disponibiliza no seu catálogo uma variedade de malas, sacos, troleys e mochilas para todo o tipo de viagens e de viajantes. Ninguém foi esquecido e a coleção inclui artigos para homem, senhora e criança, com padrões adequados a todas as idades e que não vão deixar ninguém indiferente. Não faltam sequer os acessórios indispensáveis a condizer e que tornam mais confortável a experiência da viagem. Espreite a fotogaleria e escolha uma mala El Corte Inglés com que vai partir à descoberta do mundo.

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