Pelo menos quatro pessoas morreram este sábado em Cabul devido a explosões ocorridas durante o funeral de um homem morto na sexta-feira numa manifestação pela demissão do Governo afegão, segundo fonte oficial.

Najib Danish, porta-voz do Ministério do Interior, disse que ocorreram três explosões no cemitério onde decorria o funeral.

Uma testemunha, Abdul Wudood, disse à agência France-Presse que “numerosas pessoas foram mortas e feridas no funeral de Salim Ezadyar”, filho do vice-presidente da câmara alta do parlamento afegão, Alam Ezadyar.

Quatro pessoas foram mortas na sexta-feira durante confrontos entre a polícia e manifestantes que participavam num protesto contra o Governo do Afeganistão, depois do sangrento ataque que na quarta-feira matou 90 pessoas e feriu mais de 450 na capital afegã.

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A polícia disparou balas reais para dispersar centenas de manifestantes que se dirigiam ao palácio presidencial para exigir a demissão do Governo.

Cerca de 500 manifestantes participaram no protesto, com palavras de ordem contra o executivo e contra os talibãs e com cartazes com imagens da destruição provocada pelo ataque e fotografias de membros do Governo.

O atentado, que foi perpetrado com um camião armadilhado junto ao bairro diplomático de Cabul, fez 90 mortos e 463 feridos, o que faz dele o mais grave ataque na capital afegã desde 2001.

Os serviços de informações afegãos atribuíram o atentado à rede Haqqani, um grupo armado aliado dos talibãs e responsáveis por vários ataques contra as forças estrangeiras e locais no Afeganistão.

Os talibãs negaram qualquer implicação no ataque.