Luísa Ortega Díaz, Procuradora-Geral da Venezuela, apontou esta sexta-feira o dedo às forças policiais e militares que atuam para conter as manifestações: quase um terço das mortes ocorridas em protestos foram provocadas por elementos seus.

Numa entrevista à emissora Unión Radio, Ortega disse que dos 63 mortos são atribuídos “certamente, às forças de segurança, 19”.

A procuradoria solicitou a detenção de 19 agentes mas tal ainda não aconteceu porque os acusados não foram levados ao Ministério Público.

Ortega Díaz disse que pelo menos 422 pessoas foram detidas por atos violentos relacionados com as manifestações, que começaram a 01 de abril, e sublinhou que desse total 28 estão detidas por violarem direitos fundamentais.

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Na mesma entrevista, a Procuradora-Geral pediu ao Presidente Nicolás Maduro para “reverter” a sua iniciativa de mudar a Constituição através de uma Assembleia Nacional Constituinte.

Sublinhando que não se considera uma adversária política de Maduro, Ortega Díaz declarou que “gostaria que, à luz do que está a ocorrer no país, revertesse essa Constituinte”.

A procuradora disse ainda que o Executivo devia pedir ao Conselho Nacional Eleitoral para adiantar as eleições regionais, que deveriam ter-se realizado no final de 2016 e que foram adiadas para 10 de dezembro deste ano.