A Polícia Nacional angolana fez hoje um balanço positivo da manifestação nacional promovida pela UNITA, maior partido da oposição, contabilizando apenas um “pequeno incidente” em Luanda, onde a manifestação reuniu milhares de pessoas.

O porta-voz da Polícia Nacional, subcomissário Orlando Bernardo, referia-se às várias manifestações realizadas em várias províncias do país pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), para exigir que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) inicie um novo processo contratual das empresas que vão prestar apoio tecnológico às eleições gerais angolanas, de 23 de agosto.

“No geral, ao nível do país, as manifestações decorreram de forma ordeira e a Polícia Nacional tem um balanço positivo de todas as ações que desenvolveu”, referiu o oficial, em declaração emitida ao início da noite pela televisão pública angolana.

Orlando Bernardo considerou “um incidente isolado” o ocorrido na capital angolana, onde a UNITA reuniu o seu maior número de militantes para a manifestação, quando alguns elementos entenderam alegadamente alterar o percurso da marcha, ao tentar chegar ao Largo 1.º de Maio, quando o ato estava marcado para a Praça da Família.

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Segundo Orlando Bernardo, apesar de isolado, o incidente “perigou de alguma maneira a realização ordeira que estava a decorrer a manifestação”.

“A polícia teve que estender o cordão de segurança e depois de muita negociação e intervenção de alguns dirigentes da UNITA, fizeram com que esses elementos fossem chamados à ordem e depois se repôs a ordem naquele local”, explicou.

Na sexta-feira, o líder da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, informou que a manifestação teria o percurso entre a zona do mercado dos congolenses até ao Largo 1.º de Maio, itinerário acertado com as autoridades entre outros propostos.

Orlando Bernardo realçou que “são esses pequenos incidentes, que depois podem descambar em algum descontrolo”.

A falta de cumprimento do horário, segundo o porta-voz da Polícia Nacional, também dificultou a ação da polícia, porque a marcha começou uma hora mais tarde do que previsto, trazendo constrangimentos ao trânsito automóvel.

“Porque teve de se fechar a avenida Deolinda Rodrigues e os automobilistas não tiveram acesso ao Largo 1.º de Maio, que ficou fechado quase quatro horas, é muito tempo e trouxe um constrangimento grande ao trânsito”, frisou.