As Nações Unidas acolhem esta semana a sua primeira Conferência dos Oceanos, durante a qual os 193 estados membros vão adotar um documento negociado pelo embaixador português na ONU, Álvaro Mendonça e Moura.

É uma primeira conferência e é excecionalmente importante. Temos um grave problema de falta de atenção sobre as questões dos oceanos. Existe hoje uma consciencialização sobre as questões do clima e a necessidade de combater as mudanças climáticas, mas essa consciência não existe em relação aos oceanos. Esta conferência visa começar a mudar essa situação”, disse o embaixador à Lusa.

O diplomata diz que o documento, que será oficialmente adotado na sexta-feira, “é um apelo para que os estados tomem as medidas necessárias, e as tomem rapidamente, para que seja cumprido o que foi acordado no Objetivo 14 da Agenda do Desenvolvimento Sustentável, sobre preservação e exploração sustentável dos oceanos.”

Além da adoção do compromisso pelos estados, a conferência tem outros dois objetivos: promover o diálogo entre governos, empresas, fundações e organizações não-governamentais, e a realização de compromissos voluntários.

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No âmbito da conferência, será lançado um site na Internet onde qualquer organização, pública ou privada, pode registar os seus compromissos para a defesa dos oceanos.

Portugal será representado na conferência pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que faz um discurso na terça-feira e participa numa série de eventos, como um encontro de “campeões dos oceanos” organizado pela UNESCO e a Sky News.

Como representante da sociedade civil, estará presente o Presidente da comissão executiva da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha.