Um sismo de magnitude 3.5 na escala de Richter foi sentido esta terça-feira em Amarante, indica o registo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O terramoto foi registado às 17h03 de Lisboa e teve hipocentro a 17 quilómetros de profundidade. O abalo foi sentido em Penafiel, Paredes, Guimarães e Ponte da Barca, mas não terá feito vítimas nem provocado estragos.

Face à intensidade do abalo, as pessoas que se encontravam nas piscinas de Vila Meã, ainda no concelho de Amarante, foram convidadas, por precaução, a sair do equipamento, situação que foi posteriormente normalizada. Além do abalo, ouviu-se também um som forte. Alguns relatos apontam para a existência de uma réplica, cerca de 30 minutos após o abalo principal.

Em Marco de Canaveses, os bombeiros locais saíram do quartel alarmados com a intensidade do abalo. Também nos Paços do Concelho de Baião o sismo foi sentido, deixando preocupados vários funcionários. Alunos da Escola Secundária de Felgueiras sentiram as suas mesas de trabalho tremer.

Na escala de Richter, que mede cientificamente a magnitude de um sismo entre 1 e 10, um sismo de magnitude 3.5 é considerado “pequeno” porque é “frequentemente sentido, mas raramente causa danos”. Ocorrem em média 49 mil sismos com esta magnitude por ano, ou seja, 134 por dia. De acordo com as descrições oficiais da escala de Richter, um sismo com a magnitude daquele foi sentido esta tarde no norte do país equivale a uma libertação de energia avaliada em 11 GJ, equivalente à explosão de 2,5 toneladas de TNT.

Um sismo ocorre quando as placas tectónicas que compõem a superfície terrestre se movem, exercendo pressão umas sobre as outras. Essas placas são como peças de um puzzle que deslizam por cima do magma, uma camada em estado semi-líquido feita de rocha fundida a temperaturas muito altas. Algumas placas embatem uma na outra: são convergentes. Outras afastam-se uma da outra: são divergentes. E algumas placas deslizam uma ao lado da outra: são conservativas. A maior parte dos sismos criam-se em limites de placas convergentes, quando as rochas que formam a superfície da Terra libertam a energia que vão acumulando porque atingiram o seu limite de elasticidade.

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