Histórico de atualizações
  • Terminamos aqui o liveblog onde seguimos ao minuto as revelações de James Comey no Senado acerca das reuniões que teve com Donald Trump. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Jornalista do The New York Times desmente advogado de Trump

    Julie Davis, jornalista do The New York Times, desmentiu o advogado de Donald Trump, Marc Kasowitz. Segundo a jornalista, as datas de publicação do artigo e do tweet estão erradas. Davis refere que a publicação do primeiro artigo do The New York Times sobre os memorandos de Comey aconteceu no dia 16 de maio, ao contrário do que Kasowitz tinha dito.

  • Dois ataques, três defesas e duas revelações da audição de Comey

    Comey fez duas revelações no Senado: contou que foi um amigo que colocou as informações na imprensa e que o procurador especial que está a investigar as ligações à Rússia já tem os seus relatórios.

    Dois ataques, três defesas e duas revelações da audição de Comey

  • Advogado de Trump já reagiu: o Presidente "nunca pediu lealdade"

    Marc Kasowitz, advogado pessoal de Trump, já reagiu ao depoimento de Comey com um comunicado:

    • Negou que o Presidente alguma vez tenha dito ao ex-diretor do FBI “Preciso de lealdade, espero lealdade”;
    • Deu a entender, segundo a BBC, que Comey pode ser processado por divulgar aos jornais documentos confidenciais;
    • Disse que Trump “nunca deu ordens ou sugeriu” que Comey parasse a investigação fosse contra quem fosse;
    • Sublinhou que do depoimento de Comey resulta que Trump não está a ser investigado nem tentou obstruir a justiça.

  • Trump e o "nível de ódio" entre partidos

    Trump já discursou, esta tarde, perante apoiantes evangélicos, quando Comey ainda falava no Senado. Trump atacou os democratas, que acusou de bloquearem as suas iniciativas. E afirmou que “o nível de ódio” entre os partidos Democrata e Republicano “ultrapassa tudo o que alguma vez vi”.

  • Acaba audição pública, mas Warner avisa: "Ainda há questões por esclarecer"

    A sessão aberta durou cerca de 2h45, com Richard Burr no final a deixar vários agradecimentos e elogios a James Comey. Também Mark Warner falou no fim da sessão para deixar um aviso à navegação: “Ainda há muitas questões por esclarecer”. Por volta das 18h30 (15h30, em Whashington) deverá começar a audição à porta fechada, onde serão discutidos assuntos confidenciais.

  • Porta-voz da Casa Branca: "O Presidente não é um mentiroso"

    Uma porta-voz de Trump, Sarah Huckabee Sanders, já reagiu ao depoimento de Comey. Falando aos jornalistas sem câmaras ligadas (uma prática habitual), riu-se: “Posso assegurar-vos que o Presidente não é um mentiroso”.

    Para comentar a possibilidade de haver gravadores na Casa Branca que terão registado as conversas entre Trump e Comey, também usou o humor: “Claro, vou procurá-los debaixo do sofá”.

  • Comey: "Sei que fui demitido porque a forma como estava a conduzir a investigação da Rússia o pressionou"

    Comey descreve a forma como entendeu a sua demissão:

    Eu sei que fui demitido porque algo na maneira como eu estava a conduzir a investigação da Rússia o pressionou de alguma forma, e de alguma forma o deixou irritado”.

  • Inundação de memes

    As redes sociais já estão inundadas por memes a brincar com o depoimento de Comey. Veja os melhores aqui:

    Memes. Trump e Comey numa luta nas redes sociais

  • Comey admite que nada impediu que o FBI continuasse a investigação

    O republicano John Cornyn, senador do Texas começa por fazer perguntas genéricas a Comey, mas com um objetivo claro:

    Cornyn: “Se um agente do FBI estiver ciente de um crime, é seu dever denunciá-lo?”

    Comey: “Não tenho certeza se há um dever legal, mas há um dever cultural. Eu espero que qualquer agente do FBI reporte isso [um crime].”

    Cornyn: Se alguém quiser fazer uma investigação desaparecer, despedir um diretor do FBI é uma boa maneira de fazer isso acontecer?

    Comey: “Não faz muito sentido, mas, obviamente, a minha opinião é altamente tendenciosa, já que fui despedido”.

    Cornyn: “Então, nada do que aconteceu impediu a investigação do FBI?”

    Comey: “Correto. Especialmente, a nomeação do ex-diretor Mueller é uma parte importante dessa equação.”

  • Trump "é novo nestas coisas"

    O republicano Paul Ryan, presidente da Câmara dos Representantes, comentou o depoimento de Comey de forma original. Concordando que o diretor do FBI tem de ser independente, desculpou Trump da seguinte forma: “Ele é novo nestas coisas”.

  • Comey recusa-se a dizer, em reunião aberta, se acredita em conluio entre Trump e Rússia

    O senador republicano Tom Cotton questionou diretamente: “Acredita que Donald Trump esteve em conluio com a Rússia?”

    Comey fugiu à questão: “Essa é uma questão que eu penso que não devo responder numa reunião aberta.”

  • Trump Jr.: "Isto é uma piada?"

    Comey admitiu que pediu a um amigo, que era professor na Universidade de Columbia, que entregasse documentos sobre o caso Flynn a jornalistas, evitando assim ser ele próprio a fazer a fuga de informação. O filho de Trump já reagiu. Num tweet, pergunta: “Isto é uma piada?”

  • O amigo de Comey é o professor Daniel Richman

    O professor de Direito da Universidade de Columbia Daniel Richman confirma que foi ele que passou a informação (sobre o caso Flynn) aos media a pedido de James Comey.

  • Teria sido demitido se Hillary fosse Presidente? "Boa pergunta. Não sei"

    O senador Joe Manchin (democrata) questionou o ex-diretor do FBI sobre se Trump alguma vez expressou o seu desagrado pela forma como desempenhava o cargo. Comey disse que pelo contrário, contando que uma vez estava a entrar para um helicóptero e que o Presidente o chamou apenas para dizer que estava a fazer um excelente trabalho. E seguiram-se algumas questões, como esta sobre Hillary (que acusou Comey de influenciar o resultado das eleições, a favor de Trump):

    Manchin: “Teria sido demitido se Hillary Clinton se tornasse presidente?”

    Comey: “Essa é uma ótima pergunta. Não sei.”

  • Trump discursa em breve

    Trump vai discursar ainda hoje em Washington, lembra uma jornalista do The New York Times. A intervenção, que está para breve, já estava planeada há algum tempo. Não é suposto falar sobre o depoimento de Comey – mas nunca se sabe.

  • Comey: "Divulguem todas as gravações"


    O presidente certamente sabe se gravou as conversas comigo. Se o fez, não lhe levo a mal. Ele que divulgue todas as gravações, eu fico bem com isso”, disse James Comey perante o Comité de Serviços de Inteligência do Senado.

  • O "esfriar" da investigação a Flynn

    James Comey fala num “esfriar” (“efeito de refrigeração) da investigação a Flynn, a partir do momento em que o Presidente o chamou à Sala Oval e disse que esperava que a investigação não continuasse.

  • O jantar com Trump e a "lealdade honesta"

    Comey falou sobre o jantar a sós com Trump a 27 de janeiro e provocou risos ao revelar que, para ir à Casa Branca, teve que desmarcar um jantar com a sua mulher: “Olhando para trás, adoro estar com a minha mulher e preferia ter estado com ela naquela noite”. No seu depoimento por escrito, o ex-diretor do FBI deu mais detalhes sobre o que se passou neste jantar com Trump:

    “O Presidente e eu jantámos na sexta-feira, 27 de janeiro, às 18h30, na Sala Verde da Casa Branca. Ele ligou-me nesse dia à hora de almoço e convidou-me para jantar nessa noite, dizendo que pensou em convidar toda a minha família, mas decidiu convidar-me só a mim dessa vez, ficando o encontro com a família para uma próxima ocasião. Não ficou claro nessa conversa quem mais estaria no jantar, embora eu tenha presumido que haveria outras pessoas presentes. Acabámos por ser apenas nós os dois, sentados numa pequena mesa oval no centro da Sala Verde. Dois funcionários da Marinha estavam a servir, entrando na sala para trazer comida e bebidas.

    “O Presidente começou por me perguntar se eu queria continuar como diretor do FBI, o que achei estranho porque já me tinha dito duas vezes em conversas anteriores que esperava que eu ficasse e eu assegurei-lhe que também era essa a minha vontade. Ele disse que muitas pessoas queriam o meu cargo e que, tendo em conta quantidade de trabalho que eu tinha tido durante o último ano, ele compreenderia caso eu quisesse ir embora.
    Os meus instintos disseram-me que este frente-a-frente, e o facto de esta não ter sido a primeira conversa sobre o meu cargo, significava que o jantar era, pelo menos em parte, uma forma de fazer com que eu pedisse para continuar no cargo, criando uma relação de patronato. Isso deixou-me muito preocupado, dado o tradicional estatuto de independência do FBI face ao poder político.

    “Eu respondi que adorava o meu trabalho e que pretendia cumprir o meu mandato de dez anos como diretor. Pouco depois, o Presidente disse: “Eu preciso de lealdade, e espero ter lealdade”. Eu não me mexi, não falei nem mudei a minha expressão facial durante o estranho silêncio que se seguiu, mas ele voltou ao tema no final do jantar. (…) No final do jantar (…) o Presidente voltou ao assunto do meu cargo e disse: “Eu preciso de lealdade”. Eu respondi: “De mim, terá sempre honestidade”. O Presidente fez uma pausa e disse: “É isso que eu quero, lealdade honesta”. Eu fiz uma pausa e disse: “É isso que terá da minha parte”. (…) É possível que tenhamos feito interpretações diferentes da expressão “lealdade honesta”, mas decidi não insistir no tema.”

  • Comey pediu a um "amigo próximo" para passar memorando à imprensa

    Após o presidente colocar um tweet a dizer que esperava que não existissem gravações, Comey acordou a meio da noite de segunda-feira e disse que era importante contar a sua versão dos factos. O ex-diretor do FBI pediu então a um “amigo” para “partilhar o conteúdo do memorando [sobre o caso Flynn] com um repórter”. E acrescentou: “Pedi a um amigo próximo para o fazer”.

    A senadora Susan Collins (republicana) perguntou-lhe: “Esse amigo foi Mr.Wittes?”

    Comey respondeu: “Não”

    Collins insistiu: “Quem foi então?”

    Comey respondeu: “Um bom amigo meu que é professor na Faculdade de Direito da Universidade de Columbia”

    O antigo diretor do FBI justificou que optou pela fuga de informação para imprensa para que um procurador especial investigasse o caso, como acabou por acontecer: trata-se do antigo diretor do FBI, Robert Muller.

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