O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse esta quinta-feira, em Paris, que Portugal é a favor do processo de alargamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) ao Brasil e Argentina.

“Neste momento, há pedidos de adesão à OCDE. Há três países que já estão num processo bastante adiantado. Um deles é a Costa Rica e há mais dois. Depois, há países que manifestaram a intenção de se candidatar e, entre eles, há dois países do G20, quer o Brasil, quer a Argentina, e nós somos favoráveis a esse processo de alargamento da OCDE também a algumas economias da América Latina”, adiantou o ministro a propósito da sua intervenção na reunião ministerial da OCDE.

O chefe da diplomacia portuguesa disse, ainda, defender a “Iniciativa África”, ou seja, “que a OCDE também tem vantagem em ter uma relação de cooperação com países africanos”. As declarações foram feitas à margem das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na embaixada de Portugal, em Paris, depois de Augusto Santos Silva ter participado na reunião ministerial da OCDE, na qual interveio em sessões sobre o alargamento, sobre “como fazer a globalização funcionar” e sobre a cooperação da instituição com países latino-americanos e das Caraíbas.

Na sessão sobre a globalização, Santos Silva falou sobre a posição de Portugal de “defesa intransigente do comércio internacional regulado e do padrão de acordos comerciais da União Europeia, como o acordo com o Canadá ou o acordo que está a ser negociado com o Mercosul, o México e o Japão”.

Quanto à cooperação da OCDE com países latino-americanos e das Caraíbas, durante a sua intervenção, o membro do Governo português insistiu “na necessidade” de a Europa e de a OCDE não perderem de vista que “a demografia, a economia e também o crescimento das classes médias também está do lado da América Latina”.

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