First Breath After Coma

17h00, palco Super Bock

É a única banda portuguesa do dia e não é por nacionalismos que entra nas nossas sugestões. Os First Breath After Coma estão na corrida ao prémio de Disco Europeu do Ano IMPALA, graças a Drifter, e vão encher a primeira hora do NOS Primavera Sound de guitarras introspetivas. O melhor é deitar na relva, fechar os olhos e aproveitar.

Pond

17h55, palco NOS

Qual é a coisa, qual é ela, que vem da Austrália, faz rock e tem o dedo de Kevin Parker? Não, não são os Tame Impala, mas a confusão não é descabida. Com membros em comum e Kevin Parker na produção, o quarteto talvez não tivesse conseguido tanto sucesso se os Tame Impala não tivessem arrebatado tantos corações um pouco por todo o mundo há meia dúzia de anos. Em maio, os Pond lançaram The Weather e é quase certo que a vão tocar no Parque da Cidade.

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Royal Trux

19h00, palco .

“Quem?”, perguntarão muitos dos leitores mais novos, com alguma razão. Jennifer Herrema e Neil Haggerty aproveitaram bem os loucos anos 80 na cena underground — com muita, muita droga à mistura — até que na viragem do século decidiram desligar o noise rock e seguir com as suas vidas. Em 2015 voltaram a juntar-se e ei-los em 2017 a fazer a estreia em Portugal, 30 anos depois de tudo ter começado, numa América prestes a despertar para o grunge e em pleno fulgor do underground nova-iorquino. Para quem se dá mal com confusões, à mesma hora, no palco Super Bock, estarão os certinhos Whitney. Tal como já estiveram em agosto em Paredes de Coura e em novembro no Mexefest.

https://www.youtube.com/watch?v=_qjLVNBw3ZQ

Angel Olsen

19h50, palco NOS

Promete ser uma das enchentes do dia e é mais do que justificada. Quando o segundo disco saiu, no ano passado, escrevemos: “My Woman é genial. Tem tanto de indisciplina como de regras e estruturas fixas; é tão feminino como assexuado, tão confessional como abrangente, tão rock como pop. Tão difícil de fazer e, na mesma medida, tão simples e claro.” E é claro que vamos lá estar. Desliguem os telemóveis, guardem as conversas acessórias para mais tarde. Às 19h50, só Angel Olsen interessa.

Teenage Fanclub

21h00, palco Super Bock

O dom da omnipresença ainda está para ser inventado. É só por isso que os Sleaford Mods (20h30, palco .) não puderam ser incluídos neste roteiro. Afinal, quem não quer ver Jason Williamson correr ao insulto patrões, a sociedade, uma Inglaterra xenófoba e sabe-se lá mais o quê, enquanto Andrew Fear está relaxadamente ao lado, de mãos nos bolsos, que só tira para carregar no ‘play’ to computador?

Em alternativa temos então os veteranos Teenage Fanclub, escoceses que há 28 anos nos dão canções pop profundas, e a quem Kurt Cobain chamou uma vez “a melhor banda do mundo”.

Bon Iver

22h15, palco NOS

Se a sexta-feira foi o único dia que esgotou, muito se deve a Bon Iver, o homem que tantos apertos no coração nos causou com o deprimente — e maravilhoso — For Emma, Forever Ago, em 2007. Em 2011, o que começou como um segredo bem guardado tornou-se fenómeno de massas, consolidado com Bon Iver, Bon Iver. E foi no meio dessa loucura que o norte-americano se estreou em Portugal, nos Coliseus (esgotados) do Porto e de Lisboa.

Justin Vernon, a alma de Bon Iver, só voltou a dar notícias no ano passado, com 22, A Million, mais experimental, mas igualmente tocante. Bon Iver terá, provavelmente, a maior enchente de todo o NOS Primavera Sound 2017. Em Barcelona, o alinhamento focou-se quase todo no disco novo. Mas, para o encore, Justin Vernon entrou sozinho em palco para dar “Skinny Love” à multidão. Será que vai fazer o mesmo por cá?

Hamilton Leithauser

00h00, palco Pitchfork

Quando Hamilton Leithauser pisou o palco do Primavera Sound, o primeiro nome do festival ainda era Optimus e os The Walkmen ainda existiam. Muita coisa muda em cinco anos, mas não o berro. Aquele berro tão característico de Hamilton Leithauser. O seu grande trunfo é a voz. Junte-se I Had a Dream That You Were Mine, lançado em 2016, e temos um concerto a não perder.

https://www.youtube.com/watch?v=V50OMXcYBcY

King Gizzard & The Lizard Wizzard

01h00, palco .

À uma da manhã acontece uma de duas situações: ou o cansaço acumulado já é tanto que uma pessoa só queria ter um botão de teletransporte direto para a cama, ou aquela cerveja a mais funcionou como uma injeçao de energia e o corpo pede movimento. Nesta segunda situação, tanto Nicolas Jaar, como King Gizzard & The Lizard Wizzard ou Cymbals Eat Guitars seriam uma boa opção. O problema é que atuam todos ao mesmo tempo, cada um em cada palco. Por todas as vezes em que já vimos King Gizzard & The Lizard Wizzard ao vivo, a nossa sugestão vai mesmo para estes australianos, mestres no rock psicadélico e em espalhar a loucura à sua volta. Que importa se ainda há pouco estiveram em Paredes de Coura? São sempre bem-vindos.

https://www.youtube.com/watch?v=_XCoNLepG14

Richie Hawtin

02h45, palco Pitchfork

Um dos grandes nomes mundiais do techno estreou no festival Coachella, em abril, o seu novo espetáculo audiovisual, “Close”. Aconselhamos, portanto, a que os festivaleiros não sintam o set todo de olhos fechados enquanto dançam. Vale bem a pena estar atento à componente de videomapping e às várias perpetivas diferentes do que se está a passar em palco.

https://www.youtube.com/watch?v=h4Facu6WM8k