Portugal e Cabo Verde assinaram esta sexta-feira, na cidade da Praia, dois programas de assistência técnica no domínio das águas e saneamento, no valor de cerca de 170 mil euros.

Os acordos foram rubricados entre as empresas Águas de Portugal, Águas de Santiago e a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS) de Cabo Verde, numa cerimónia em que participaram o secretário de Estado do Ambiente português, Carlos Martins, e os ministros cabo-verdianos da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, e das Finanças, Olavo Correia.

Os programas preveem a assistência técnica por parte de Portugal, sendo que no caso das Águas de Santiago, está contemplada a deslocação durante um ano de um técnico português. O acordo com a ANAS visa apoiar tecnicamente a agência na prevenção e gestão de riscos no abastecimento e consumo humano de água.

Os dois programas assinados esta sexta-feira integram um conjunto de seis ações apoiadas pelo Fundo Ambiental de Portugal em Cabo Verde num valor global estimado de 400 mil euros.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado do Ambiente português, Carlos Martins, sublinhou o “histórico de cooperação” com Cabo Verde na área do ambiente, especialmente no domínio da água e dos resíduos, sublinhando a intenção do Governo português de reforçar esse trabalho.

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Carlos Martins, que esta sexta-feira participa numa mesa redonda para mobilizar recursos para o Fundo Rotativo da Água e Saneamento que Cabo Verde quer criar, assinalou que o apoio português se faz sobretudo ao nível da capacitação técnica.

Vamos ver em que medida Portugal pode prosseguir esse apoio. Este Fundo é uma grande oportunidade para alocar fundos financeiros a Cabo Verde. Portugal não pode acompanhar a introdução de verbas significativas”, disse.

O governante assinalou, por outro lado, que “há uma oportunidade para Portugal poder ser um parceiro porque muitos destes projetos envolvem necessidade de qualificação de recursos“.

O apoio não é só financeiro e às vezes o melhor apoio pode vir da forma como ajudamos a capacitar recursos“, disse, adiantando que os programas poderão envolver a vinda a Cabo Verde de técnicos portugueses e a ida para Portugal de quadros cabo-verdianos para receberem formação.