O FC Porto vendeu o avançado André Silva ao AC Milan por 38 milhões de euros, num acordo que poderá ainda chegar aos 40 dependendo de variáveis. O internacional, que leva sete golos em oito jogos pela Seleção, será o terceiro português a alinhar nos rossoneri, a seguir a Paulo Futre e Rui Costa.

O valor supera também os 30 milhões que o Chelsea pagou por Ricardo Carvalho em 2004, passando assim André Silva a ser o jogador formado nos azuis e brancos que saiu pelo montante mais alto. A nível global, esta é a quarta maior venda de sempre do FC Porto, apenas ultrapassada por Hulk (60 milhões), Falcao (45 milhões) e James Rodríguez (45 milhões).

“A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248.º nº.1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo com o AC Milan para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol André Silva pelo valor de 38.000.000 € (trinta e oito milhões de euros). Mais se informa que este acordo prevê o pagamento de uma remuneração variável, pelo que o montante global a receber poderá atingir os 40.000.000 € (quarenta milhões de euros)”, pode ler-se no comunicado enviado pela SAD dos azuis e brancos à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

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“André Silva pode tornar-se um dos melhores avançados do Mundo. Joga na Seleção com o melhor jogador da história do futebol: Cristiano Ronaldo. Vê-o como um exemplo e tenta aprender com ele todos os dias. É um jogador agressivo, que tem grande qualidade técnica, e será o melhor avançado em Itália nos próximos anos. Ronaldo está muito feliz por ele. Falou connosco ontem à noite e disse-lhe que vai jogar num dos melhores clubes do Mundo, com uma grande história, e que tem todas as condições para triunfar“, comentou o agente Jorge Mendes à Sky Sport.

E agora, quem será o próximo a sair?

A complicada situação financeira do FC Porto deve promover mais saídas até ao final do mês, altura em que fecha o exercício 2016/17. Recorde-se que, depois de ter falhado os resultados de fair-play financeiro da UEFA, a SAD dos dragões acordou que o défice no final do ano não poderia ser superior a 30 de milhões de euros.

Brahimi é um dos jogadores que tem mais mercado a nível europeu, embora o FC Porto não tenha a totalidade do passe. Jesús Corona, que pediu para não ir à Taça das Confederações por motivos pessoais, também é outro dos elementos com mais interessados, tal como o compatriota Herrera, que esteve para sair no último Verão. Numa outra perspetiva, fala-se agora na imprensa desportiva na possibilidade de Casillas e Maxi Pereira poderem deixar o Dragão devido aos elevados salários que auferem (os maiores no atual plantel).

Outra fonte de rendimento dos dragões poderá entroncar nos jogadores que estiveram na última época emprestados a diferentes clubes europeus, casos de Aboubakar (Besiktas), Diego Reyes (Espanyol), Martins Indi (Stoke City) ou Andrés Fernández (Villarreal).