Os balcões de inclusão realizaram, num ano, perto de 12 mil atendimentos, números que a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência considerou esta segunda-feira “bastante significativos” e que provam que eram uma “resposta necessária”.

“A medida de Balcão de Inclusão que cumpriu um ano de implementação no dia 15 de abril apresenta números bastante significativos”, que “apenas vêm demonstrar que esta resposta para as pessoas era necessária”, disse Ana Sofia Antunes numa declaração enviada à Lusa. Os balcões de inclusão, com atendimento técnico especializado para pessoas com deficiência e suas famílias, realizaram entre 21 de abril de 2016 e 30 de abril deste ano 11.813 atendimentos.

Ana Sofia Antunes adiantou que esta adesão mostra que as pessoas “sentiam uma necessidade de ter uma rede de sítios onde se pudessem deslocar, sabendo que aí iriam encontrar pessoas que facilmente estariam preparadas para responder às suas questões”.

Os técnicos que estão nestes balcões tiveram formação para poder dar respostas em várias áreas, como prestações sociais (subsídios e apoios), produtos de apoios e ajudas técnicas, respostas sociais (lares residenciais, centros de atividades ocupacionais, centros de reabilitação), emprego e apoios para empregadores.

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Os Balcões de Inclusão estão presentes nos 18 centros distritais da Segurança Social do país, no Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), em Lisboa, e em 52 câmaras municipais. O maior número de atendimentos (telefónico, escrito, presencial) foi realizado nos centros da Segurança Social (7.600), seguido do Instituto Nacional para a Reabilitação (2.781) e dos municípios (1.432), segundo os dados divulgados pela secretária de Estado. Os dados ressalvam que em relação aos municípios os números não correspondem à totalidade, porque algumas autarquias não respondem regularmente.

A secretária de Estado observou que a maioria dos mais de 7.000 atendimentos realizados nos balcões da Segurança Social diz respeito a seis meses de trabalho, uma vez que entre abril e dezembro estiveram apenas disponíveis em seis centros distritais: Lisboa, Faro, Setúbal, Porto, Viseu e Vila Real. “Só a partir de dezembro é que passaram a funcionar os 18 balcões” em todas as capitais de distrito, explicou Ana Sofia Antunes.

Sobre o futuro da rede, Ana Sofia Antunes adiantou que, neste momento, o foco “é reforçar os balcões existentes junto dos municípios”. O objetivo é estar, “cada vez mais, o mais perto possível das pessoas e não exigir a quem vive em sítios mais afastados das capitais de distrito ter de se deslocar ao balcão central do centro distrital da Segurança Social para ver as suas questões resolvidas”.

Os balcões de inclusão destinam-se, prioritariamente, a pessoas com deficiência e suas famílias e a todos aqueles que sintam necessidade de obter informação especializada em qualquer temática relacionada com a deficiência.