O primeiro dia de debate da moção de censura ao Governo espanhol apresentada pelo Podemos terminou esta noite, após mais de 11 horas de discussão.

Com a intervenção do porta-voz da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Joan Tardà, e a resposta do candidato à presidência do Governo, Pablo Iglesias, a presidente do parlamento, Ana Pastor, encerrou os trabalhos, que recomeçam na manhã de quarta-feira.

Na quarta-feira será a vez do resto dos representantes que não falaram hoje, começando pelo líder do Cidadãos, Albert Rivera.

Seguem-se três representantes do grupo Podemos, o PSOE (socialistas) e o PP (direita).

Como aconteceu hoje, tanto o candidato Pablo Iglesias como qualquer membro do Governo podem usar da palavra quando assim o entenderem.

Concluído o debate, que deve durar toda a manhã, será feita a votação, pública e por chamada. Cada deputado terá de dizer “sim” ou “não” ou “abstenção” à moção de censura.

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Para que seja aprovada, a moção terá de ter o apoio de, pelo menos, metade e mais um da câmara, ou seja 176 votos.

A lei estabelece que, se o parlamento aprova uma moção de censura, o Governo deve demitir-se e será investido o candidato votado na moção, no caso Pablo Iglesias.

No caso de ser chumbada, os deputados que a apresentaram não poderão apresentar outra na mesma sessão legislativa.

A moção de censura não tem qualquer possibilidade de ser aprovada, visto que apenas é apoiada pela coligação Unidos Podemos (terceira força política mais votada nas eleições legislativas) e por pequenos partidos independentistas da Catalunha e do País Basco.

O Partido Popular (direita) e o Cidadãos (centro) irão votar contra e o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) já anunciou a sua abstenção.