A origem das lesões cerebrais do estudante norte-americano repatriado na quarta-feira em coma, após ter estado detido na Coreia do Norte, permanece desconhecida, indicou esta sexta-feira a equipa médica que o está a acompanhar em Cincinnati.

“O seu estado neurológico pode ser descrito como um estado de vigília não reativo”, explicou o neurologista Daniel Kanter, em conferência de imprensa.

Não temos qualquer informação concreta ou verificável sobre a causa ou as circunstâncias das suas lesões neurológicas”, acrescentou.

Segundo o especialista, “este tipo de lesões cerebrais são em geral consideradas consequência de uma paragem cardiorrespiratória, quando a irrigação sanguínea do cérebro é insuficiente durante um determinado lapso de tempo, resultando na morte de tecidos cerebrais”. Existem “graves lesões presentes em todas as zonas do cérebro”, precisou.

A equipa médica indicou igualmente não ter identificado vestígios de botulismo no organismo de Otto Warmbier, de 22 anos, afastando a explicação fornecida pelo regime norte-coreano para o estado de coma em que o jovem mergulhou pouco após a sua detenção e o seu julgamento, em março de 2016.

Daniel Kanter referiu ainda que os exames aprofundados ao corpo do estudante não “mostram qualquer prova de fratura atual ou calcificada, incluindo ao nível do crânio”.

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