Cidade onde nasceu a BMW, um dos mais importantes grupos automóveis alemães, Munique está em sobressalto: os níveis de emissões de óxido de azoto (NOx) na cidade atingem, hoje em dia, valores “chocantes”. Razão pela qual a administração municipal pondera já a possibilidade de interditar o acesso à cidade, a todas as viaturas a gasóleo.

Por muitos que queiramos evitar tais proibições [quanto ao acesso de carros diesel à cidade], parece-me pouco provável que consigamos continuar a fazê-lo no futuro”, afirmou já o presidente da Câmara da Munique, Dieter Rieter, em declarações reproduzidas pelo jornal Sueddeutsche Zeitung.

E, quando questionado sobre as últimas leituras feitas à poluição naquela que é para muitos uma das cidades mais bonitas da Alemanha, o mesmo responsável desabafou: “Os resultados são chocantes, ninguém esperava tal coisa.”

Munique pondera, Estugarda já decidiu

A possibilidade agora admitida por Munique foi já decretada em outras cidades como Estugarda, a casa da Mercedes-Benz e da Porsche. Onde os responsáveis anunciaram já que a circulação de veículos a gasóleo passará a ser proibida, já a partir do próximo ano.

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Em Munique, a proibição poderá afectar entre 133 mil e 170 mil veículos, dependendo dos parâmetros de exigência, avança o mesmo jornal alemão. Embora tudo aponte para que os diesel cumpridores da norma Euro 6 venham a ser excluídos desta norma.

A Reuters recorda que metade dos automóveis vendidos na Alemanha era, até à altura em que rebentou o chamado escândalo Dieselgate, a gasóleo. Sendo que, a partir dessa data, os números deste tipo de motorizações começaram a cair.

Dados relativos a Março de 2017 revelam que, da totalidade de automóveis vendidos nesse mês na Alemanha, apenas 40% possuíam motor diesel. Valor abaixo dos 45,8% registados em 2016, e ainda mais quando comparado com os 48,1% de 2012.