O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse hoje esperar que, até final do ano, sejam tomadas decisões para a empresa petrolífera norte-americana Anadarko arrancar com o projeto de exploração de gás natural no norte do país.

O chefe de Estado falava no final de uma reunião em Washington com o presidente da firma, Al Walker, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

A relativa demora que se regista no investimento da Anadarko, segundo Nyusi, tem a ver com o facto de envolver muitos intervenientes e de haver necessidade de acautelar os interesses das partes envolvidas.

“Nós, governo, não estamos sossegados quando as coisas não acontecem. E têm que acontecer com a maior celeridade, mas de forma cautelosa” para evitar erros do passado, referiu.

No caso, apontou a necessidade de se acautelarem questões como o reassentamento de população na zona abrangida pelo projeto e a construção de infraestruturas.

Al Walker disse aos jornalistas que havia um conjunto de questões de caráter legal por resolver, manifestando-se otimista na sua resolução o mais cedo possível.

Nyusi classificou os consensos alcançados na reunião e noutros encontros mantidos nos EUA, ao longo de uma visita oficial de três dias, que terminou hoje, como um passo importante para o país, remetendo detalhes para debate em sessão de Conselho de Ministros.

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Um outro consórcio, encabeçado pela italiana Eni, anunciou no início do mês o arranque da fase de desenvolvimento do projeto Coral Sul de produção de gás natural líquido (LNG, sigla inglesa) na Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, prevendo o início de laboração para 2022.

A Anadarko está a preparar um projeto de maior dimensão para investir na mesma área.

Os dois empreendimentos vão explorar jazigos de gás natural que se encontram entre os maiores do mundo, com potencial de criar receitas milionárias para Moçambique.

Filipe Nyusi viaja hoje de Washington com destino a Havana para uma visita oficial a Cuba, que termina no domingo.