Apenas 16% das mulheres angolanas em idade reprodutiva dizem usar métodos contracetivos, estimativa que em ambiente rural desce para cerca de 2%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola. De acordo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS), realizado em 2016 e cujas conclusões foram agora reveladas, a média estimada para as mulheres que com 15 a 49 anos dizem utilizar “algum método contracetivo” é de 16,1%.

Este número resulta da ponderação das estimativas da mesma resposta em meio urbano, em que as 22,9% das mulheres dizem usar algum tipo de método contracetivo, enquanto no meio rural são apenas 2,4%.

Das inquiridas, 6% afirmaram recorrer ao preservativo masculino, enquanto 1,1% assumiram utilizar “algum método tradicional” de contraceção.

Cuando Cubango, Bié e Lunda Norte são as províncias com “menor prevalência contracetiva”, concluindo o estudo que apenas duas em cada 100 mulheres, de 15-49 anos, utilizam algum tipo de método, enquanto em Luanda a percentagem é a mais alta do país, de 26,4%.

A taxa global de fecundidade em Angola está fixada em 6,3 (filhos nascidos vivos, em média, por cada mulher), uma das mais altas do mundo. “Em média, as mulheres nas áreas rurais têm mais três crianças do que as mulheres nas áreas urbanas”, referem as conclusões do estudo do INE angolano, realizado junto de 16.244 agregados familiares.

Além disso, o levantamento conclui que 35% das jovens com idades entre os 15 e os 19 anos já esteve grávida e que as adolescentes “que residem na área rural começam a vida reprodutiva muito mais cedo do que as da área urbana”.

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