Cinco homens foram detidos esta segunda-feira em relação com o ataque a uma estância turística popular nos arredores de Bamako, capital do Mali, no qual morreu um militar português destacado numa missão da União Europeia.

O ataque terá acontecido por volta das 16h00 deste domingo. Um grupo de atacantes terá entrado no Le Campement Kangaba, uma estância turística muito popular entre os altos responsáveis malianos e os estrangeiros no país, nomeadamente pelos destacados no país, para aproveitarem os seus dias de descanso.

Um dos atacantes terá entrado no espaço de mota pouco antes das 16h00, gritando “Deus é Grande” em árabe, abandonando o veículo e correndo para a zona da piscina, de acordo com relatos dos locais, em declarações à imprensa internacional.

De seguida, outros três homens terão entrado no complexo de carro e foi ai que os disparos começaram. Segundo o governo do Mali, um militar francês, que estava no local a aproveitar uma folga, estava armado e ainda feriu um dos terroristas.

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Algumas testemunhas nas imediações ainda relataram fumo a sair do local, mas não era claro o que estaria a arder.

No ataque, que o governo do Mali qualificou como um ataque terrorista, morreram dois civis, dos quais um cidadão franco-gabonês, e 14 ficaram feridos. Os atacantes ainda fizeram mais de 30 reféns, mas estes acabaram por escapar.

Na sequência de confrontos com as forças de segurança, os quatro atacantes terão sido mortos, de acordo com as autoridades, que levantaram ainda a hipótese de os atacantes terem planeado o ataque e de já conhecerem o local.

Dois portugueses foram atingidos no ataque. Um deles, o sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido, morreu na sequência do ataque, quando se encontrava na estância com um dos colegas portugueses da missão da União Europeia no Mali. Gil Paiva Benido tinha 42 anos e duas filhas menores, e integrava a missão desde maio. O outro português já se encontra totalmente recuperado.

Na altura do ataque, segundo um responsável das Nações Unidas, estariam na estância militares afiliados com as missões de França, das Nações Unidas e da União Europeia.

Depois do ataque, as autoridades terão feito uma busca porta-a-porta na estância para tentar descobrir terrorista que pudessem estar escondidos nos quartos, um dos receios das autoridades.