Um responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a crise económica venezuelana se intensifique nos próximos meses e atinja o ponto mais crítico em 2018, quando a inflação seja superior a 2.000 por cento, segundo a imprensa local.

“A crise interna não poderá ser contida e terá impacto nos países vizinhos e na região”, explica o portal venezuelano La Patilla, citando uma advertência de um funcionário do FMI. A advertência teve lugar durante um fórum sobre perspetivas económicas para 2017, organizado em Trinidad & Tobago pelo banco central desse país e o FMI.

Segundo o FMI a Venezuela terminará 2017 com uma contração do PIB de 7,4%, completando quatro anos consecutivos de queda do PIB – 3.9% de queda em 2014, 6.2% em 2015 e uma quebra de 18% em 2016. Para 2018 o FMI estima que a recessão será de 4.1%.

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Quanto à inflação as projeções apontam que passará de três dígitos para hiperinflação, em 2018, passando de 720,5% em 2017 para 2.068,5 no próximo ano, o que representa “uma calamidade económica enorme”. Segundo o FMI “a pobreza atingiu 82% e a taxa de assassinatos está a aumentar” situação que está a obrigar os venezuelanos a emigrar.

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