O número de refugiados no Brasil subiu 9,3%, e a quantidade de pedidos de asilo cresceu 23,6% em comparação ao ano de 2015, informou esta segunda-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Os dados divulgados pela entidade indicam que no ano passado o Brasil analisava 35,4 mil pedidos de asilo, um facto que mostra que o total de requerimentos passou de 28.670, em 2015, para 35.464, em 2016. O número de refugiados que já conseguiram regularizar sua situação no Brasil também cresceu, passando de 8.863 para 9.689 no mesmo período.

A principal razão para esse aumento é a crise na Venezuela, país da América do Sul que faz fronteira com o Brasil, e vive uma situação de crise política e económica. Na manhã desta segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) referiu que o número de pessoas que foram forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com 65,6 milhões de deslocados internos ou refugiados.

“O número global de 65,6 milhões reflete um ligeiro aumento face aos 65,3 milhões” de 2015, declarou o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, na apresentação do relatório anual daquela agência da ONU.

Este número indica que, em média, uma em cada 113 pessoas em todo o mundo vive atualmente deslocada. Dois terços são deslocados internos, no seu próprio país (40,3 milhões contra 40,8 milhões em 2015).

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